domingo, janeiro 11, 2009

Problemática da falta de água

JML

Quando tudo levava a crer que este problema estava ultrapassado, pois São Pedro (não fosse Ele o apóstolo a quem Jesus Cristo escolheu para fundador da Sua Igreja) veio em socorro destes filhos de Deus residentes no concelho de Angra e, compensando a incompetência das pessoas, enviar uns consideráveis litros do precioso líquido por metro quadrado, eis que surge mais uma polémica. A primeira pessoa que ouvi manifestar a sua surpresa pelo convite endereçado ao hidrogeólogo, dr. João Lopo de Mendonça, foi o dr. Vítor Hugo Forjaz, na RTP-Açores, pois considerava a Universidade dos Açores suficientemente habilitada a explicar o problema. Conhecedor das críticas que lhe foram tecidas, o dr. Lopo de Mendonça, resolveu escrever um artigo em que, não só explicava a sua posição, como também criticava as afirmações dos professores Félix Rodrigues e Eduardo Brito de Azevedo. As respostas dos visados, porém, não se fizeram esperar. Como é óbvio, não estou minimamente habilitado a atribuir razão – ou falta dela – a qualquer dos intervenientes na polémica. No entanto, percebo perfeitamente as intenções da Câmara. Perante tão evidente falta de competência, era necessário convidar alguém cujo estatuto (minuciosamente enunciado pela srª. presidente aquando da apresentação) permitisse fazer afirmações que ninguém usasse contestar. E, para isso, nesta Ilha Terceira de Nosso Senhor Jesus Cristo, quem melhor do que um sr. d’isboa. Pouca sorte!Mas a prova mais concludente de que “o tiro saiu pela culatra” retira-se do próprio artigo do dr. Lopo de Mendonça quando a dado passo escreve e cito: “Fui convidado pelos Serviços Municipalizados de Angra para elaborar um relatório onde “tentasse”esclarecer eventuais impactes sobre os recursos hídricos subterrâneos da zona do Cabrito provocados por algumas alterações físicas no território para além da diminuição da pluviometria desde o final da Primavera”.Mas para quê mais palavras quando a imagem das srªs. presidentes da Câmara e dos Serviços Municipalizados de olhos fixos no orador, como qualquer peregrino fixa no seu milagreiro de estimação, vale por mil.

(In Diário Insular)

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