sábado, janeiro 10, 2009

Contaminação na Praia da Vitória ainda sem estudo

A Câmara Municipal da Praia da Vitória não avança uma data para a adjudicação ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) do estudo sobre a eventual contaminação de solos e aquíferos no concelho.De acordo com informação adiantada pelo chefe de gabinete do município, Osório Silva, “a câmara municipal não tem nada a acrescentar e o processo está a decorrer na normalidade”, sendo que “em breve se irá pronunciar sobre o contrato e o projecto”.Segundo a mesma fonte, aquando da assinatura do contrato viajarão até à Terceira responsáveis pelo LNEC, sendo, nessa altura, revelados mais detalhes sobre o estudo em si.Recorde-se que a 26 de Novembro do ano passado o presidente da câmara praiense afirmava esperar ter, em Dezembro, as condições para adjudicar ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) o estudo sobre a eventual contaminação de solos e aquíferos do concelho. Na altura, a câmara municipal aguardava a aprovação do orçamento necessário, ao que se seguiria a assinatura do contrato que daria ao município os meios para adjudicar o estudo ao LNEC. Só depois seria feita a adjudicação.Roberto Monteiro adiantava que, apesar dos atrasos na adjudicação, a demora seria compensada. “Tudo está reunido para que, até ao final de 2009, se conheçam os resultados”, concluiu.Mais de meio milhão de euros, cerca de 180 mil para o trabalho do LNEC e mais 350 mil para processos que o laboratório de engenharia contratará com outras empresas, é quanto se prevê que custe o estudo.Contactado por DI, o professor da Universidade dos Açores, Cota Rodrigues, que esteve na origem da denúncia da eventual contaminação, recusou comentar os atrasos no arranque do estudo do LNEC, afirmando que o seu dever está cumprido e que resta agora às autoridades responsáveis conduzirem bem o processo.Na origem desta eventual contaminação de solos e aquíferos estará o facto de os norte-americanos estacionados na Base das Lajes terem depositado no solo da ilha Terceira, entre os anos cinquenta e meados dos anos noventa do século passado, lamas compostas por hidrocarbonetos, metais pesados e água, que resultam da lavagem dos tanques de combustível, do Tank Farm.

(In Diário Insular)

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