Torre histórica demolida em Angra
Desempenhou um papel central na história da meteorologia dos Açores e fazia parte do património científico e arquitectónico da Região. A primeira torre de lançamento de balões meteorológicos dos Açores, que se encontrava junto do Observatório José Agostinho, em Angra do Heroísmo, foi demolida por decisão da direcção do Instituto de Meteorologia, em Lisboa.O professor da Universidade dos Açores (UA) e especialista em meteorologia, Eduardo Brito de Azevedo, já classificou, em declarações à RDP- Açores, a demolição como um ataque à cultura científica da ilha e do arquipélago: “Está-se a demolir, ou pelo menos a não considerar, uma parte substancial da nossa cultura, que também é a nossa cultura científica”.De acordo com o professor da UA esta é uma torre que desempenhou um importante papel histórico. “Quando começaram os voos relacionados com a presença americana e inglesa nos Açores foi necessário fazer-se aerosondagens, com balões sonda. Essas aerosondagens começaram por ser feitas exactamente no Observatório José Agostinho, nessa mesma torre”, lembra.O mesmo professor defende que se perdeu um dos símbolos da cidade Património Mundial da Humanidade. “Tornou-se, apesar de tudo, um ícone, um ex-líbris da cidade, ficava no cimo da cidade, por trás do Observatório e, para quem tem memória, era uma estrutura com interesse, nem que fosse paisagístico e mesmo arquitectónico.
Dinheiro e segurançaA decisão de demolir a torre veio de Lisboa, mesmo depois de os Açores terem apresentada uma proposta para a requalificação do edifício. Essa hipótese foi considerada demasiado dispendiosa, explicou a DI o director da delegação do Instituto de Meteorologia nos Açores, Diamantino Henriques, que adianta ainda que a demolição teve por base uma questão de segurança. “Na base dessa decisão esteve garantir a segurança, visto que a torre representava um perigo para as pessoas que passavam por lá. Era um edifício que estava danificado desde o sismo de 1980. Houve uma proposta para reconstruir a torre, aproveitar o seu esqueleto, mas isso foi considerado demasiado dispendioso”, explica.Diamantino Henriques concorda que se perdeu um edifício representativo em termos históricos e científicos, mas garante que o Instituto de Meteorologia não tomou a decisão de demolir de “ânimo leve”. Segundo a mesma fonte, existem actualmente projectos para construir outro edifício com aplicações científicas, no local.
(In Diário Insular)Dinheiro e segurançaA decisão de demolir a torre veio de Lisboa, mesmo depois de os Açores terem apresentada uma proposta para a requalificação do edifício. Essa hipótese foi considerada demasiado dispendiosa, explicou a DI o director da delegação do Instituto de Meteorologia nos Açores, Diamantino Henriques, que adianta ainda que a demolição teve por base uma questão de segurança. “Na base dessa decisão esteve garantir a segurança, visto que a torre representava um perigo para as pessoas que passavam por lá. Era um edifício que estava danificado desde o sismo de 1980. Houve uma proposta para reconstruir a torre, aproveitar o seu esqueleto, mas isso foi considerado demasiado dispendioso”, explica.Diamantino Henriques concorda que se perdeu um edifício representativo em termos históricos e científicos, mas garante que o Instituto de Meteorologia não tomou a decisão de demolir de “ânimo leve”. Segundo a mesma fonte, existem actualmente projectos para construir outro edifício com aplicações científicas, no local.
Etiquetas: Arquitectura, Eduardo Brito de Azevedo, História, opinião, património
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