Profissionais de Turismo querem dignificação e valorização das carreiras
Agostinho Peixoto, presidente da Associação de Profissionais de Turismo de Portugal (APT), disse hoje, em conferência de imprensa, que “são as pessoas o factor com maior valia para as empresas que querem ser competitivas e oferecer qualidade”. “O Turismo é considerado pelo Governo como um sector estratégico, para o qual são necessárias empresas que não funcionam sem pessoas e estas só podem responder positivamente se forem olhadas de outra forma e valorizado o seu desempenho”, sustentou. O congresso, que reúne cerca de duas centenas e meia de profissionais de Turismo, entre 21 e 23 de Novembro, em particular agentes de viagens, pretende estabelecer “um grupo de força com as associações empresariais e de turismo”. “O nosso objectivo é melhorar a actuação das empresas, dotando-as de recursos humanos com qualidade porque, se o Turismo é estratégico, as pessoas não podem ficar de fora”, explicou. Nesse sentido, pretendem sensibilizar as autoridades a “reconhecer as 80 profissões do sector que a APTP já identificou”, uma vez que “os perfis do catálogo para a formação profissional só reconhece 15”. Paralelamente, decorre a I Assembleia Ibero-Americana de Profissionais de Turismo, que junta diversos países como Argentina, Bolívia, Equador, México, Peru, Costa Rica, Colômbia, Chile Uruguai, Venezuela, Portugal e Espanha.
O Brasil vai aderir à organização durante os trabalhos da assembleia, tendo Agostinho Peixoto revelado que já foram, também, convidados a aderir os restantes países de língua oficial portuguesa (PALOP). Na ocasião, a directora regional do Turismo, Isabel Barata, justificou o apoio do Governo açoriano a estas iniciativas “porque os Açores têm o problema da sazonalidade, sendo por isso necessário incentivar o turismo na época baixa”. Isabel Barata apelou a todos os agentes que contribuem para a imagem do Turismo açoriano, como os restaurantes, a hotelaria e o comércio “a usarem o máximo de profissionalismo e qualidade para garantir uma boa imagem da região”. “Este tipo de congressos de trabalho tem um efeito multiplicador, uma vez que normalmente quem neles participa volta com a família e incentiva familiares e amigos a fazerem o mesmo”, acrescentou. Os participantes, para além de debaterem a requalificação e certificação dos recursos humanos, vão durante a sua permanência na ilha Terceira, manter encontros com responsáveis de escolas profissionais, da Universidade dos Açores e organismos do sector do turismo.
(In Açoriano Oriental)
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