Elementos vestigiais atmosféricos na ilha Terceira
Foi apresentada e defendida a tes de Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza de Elisabete da Silva Maciel, com o título "Avaliação da concentração de metais pesados na atmosfera dos centros urbanos da ilha Terceira por biomonitorização", orientada pelos professores do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, Rosalina Gabriel e Félix Rodrigues.
O objectivo deste trabalho foi o de avaliar as concentrações de metais pesados nas atmosferas urbanas da ilha Terceira, usando a técnica de biomonitorização com transplantes de organismos vivos. Estes organismos são nativos de zonas consideradas despoluídas da referida ilha.
O biomonitor seleccionado foi um briófito do género Sphagnum palustre L por ser um briófito muito comum nos Açores e por existirem dados de estudos sobre a bioacumulação atmosférica das zonas despoluídas da ilha Terceira. O Sphagnum foi colocado em sacos e exposto em diversos locais estratégicos nas cidades da Praia da Vitória e de Angra do Heroísmo por um período de 8 semanas, durante a época seca.
Determinaram-se para cada amostra de Sphagnum os teores de Prata (Ag), Arsénio (As), Ouro (Au), Bário (Ba), Bromo (Br), Cálcio (Ca), Cério (Ce), Cobalto (Co), Crómio (Cr), Césio (Cs), Cobre (Cu), Európio (Eu), Ferro (Fe), Háfnio (Hf), Mercúrio (Hg), Irídio (Ir), Potássio (K), Lantânio (La), Lutécio (Lu), Manganês (Mn) , Molibdénio (Mo), Sódio (Na), Niodímio (Nd), Níquel (Ni), Chumbo (Pb), Rubídio (Rb), Antimónio (Sb), Escândio (Sc), Selénio (Se), Samário (Sm), Estrôncio (Sr), Tântalo (Ta), Térbio (Tb), Tório (Th), Urânio (U), Tungsténio (W), Itérbio (Yb) e Zinco (Zn).
Os teores dos elementos como o Ce, Hf, La, Lu, Mn, Nd, Sc, Sm, Tb, Yb e U apontam para uma acumulação de elementos químicos do solo no bioindicador. Para alguns destes elementos observou-se uma dependência da intensidade de trânsito nos locais monitorizados. A dependência aqui referida não está relacionada com emissões antropogénicas mas sim com a resuspensão de partículas do solo.
Os elementos As, o Cu, o Sb, o Pb e o Zn aparecem como bons traçadores das emissões antropogénicas associadas ao trânsito (terrestre, marítimo e aéreo) bem como à indústria (Central termoeléctrica).
Na cidade da Praia da Vitória verifica-se uma significativa diferença entre a concentração de elementos vestigiais atmosféricas na Rua de Jesus com e sem trânsito, sendo a parte onde circulam automóveis a que se apresenta mais enriquecida em Ca, Cu e Pb.
As concentrações de Br, Hg, Ir e Se no biomonitor encontram-se provavelmente relacionadas com desgaseificações vulcânicas.
Muitos dos elementos analisados apresentaram comportamentos ambíguos como foi o caso do Ba, Cr, Cs, Eu, Mo, Rb, Sr, Th e Zn. necessitando de uma exploração mais cuidada e de estudos mais alargados.
Os níveis de Ca e de Fe no Sphagnum apontam para uma origem fisiológica, litólica e antropogénica.
Os teores observados de Br, Co e Na nos biomonitores apontam para uma origem predominantemente marinha.
Observou-se em muitos elementos detectados nas atmosferas urbanas da ilha Terceira uma perda de massa relativamente à situação de fundo (referência), nomeadamente: Au, Br, Ca, Ce, Co, Cr, Eu, Fe, K, La, Mo, Nd, Rb, Sc, Se, Sm, Th e U. Os ganhos de massa, nas atmosferas urbanas, verificaram-se para As, Ba, Cs, Hf, Lu, Na, Sb, Sr, Ta, Yb e Zn.
O objectivo deste trabalho foi o de avaliar as concentrações de metais pesados nas atmosferas urbanas da ilha Terceira, usando a técnica de biomonitorização com transplantes de organismos vivos. Estes organismos são nativos de zonas consideradas despoluídas da referida ilha.
O biomonitor seleccionado foi um briófito do género Sphagnum palustre L por ser um briófito muito comum nos Açores e por existirem dados de estudos sobre a bioacumulação atmosférica das zonas despoluídas da ilha Terceira. O Sphagnum foi colocado em sacos e exposto em diversos locais estratégicos nas cidades da Praia da Vitória e de Angra do Heroísmo por um período de 8 semanas, durante a época seca.
Determinaram-se para cada amostra de Sphagnum os teores de Prata (Ag), Arsénio (As), Ouro (Au), Bário (Ba), Bromo (Br), Cálcio (Ca), Cério (Ce), Cobalto (Co), Crómio (Cr), Césio (Cs), Cobre (Cu), Európio (Eu), Ferro (Fe), Háfnio (Hf), Mercúrio (Hg), Irídio (Ir), Potássio (K), Lantânio (La), Lutécio (Lu), Manganês (Mn) , Molibdénio (Mo), Sódio (Na), Niodímio (Nd), Níquel (Ni), Chumbo (Pb), Rubídio (Rb), Antimónio (Sb), Escândio (Sc), Selénio (Se), Samário (Sm), Estrôncio (Sr), Tântalo (Ta), Térbio (Tb), Tório (Th), Urânio (U), Tungsténio (W), Itérbio (Yb) e Zinco (Zn).
Os teores dos elementos como o Ce, Hf, La, Lu, Mn, Nd, Sc, Sm, Tb, Yb e U apontam para uma acumulação de elementos químicos do solo no bioindicador. Para alguns destes elementos observou-se uma dependência da intensidade de trânsito nos locais monitorizados. A dependência aqui referida não está relacionada com emissões antropogénicas mas sim com a resuspensão de partículas do solo.
Os elementos As, o Cu, o Sb, o Pb e o Zn aparecem como bons traçadores das emissões antropogénicas associadas ao trânsito (terrestre, marítimo e aéreo) bem como à indústria (Central termoeléctrica).
Na cidade da Praia da Vitória verifica-se uma significativa diferença entre a concentração de elementos vestigiais atmosféricas na Rua de Jesus com e sem trânsito, sendo a parte onde circulam automóveis a que se apresenta mais enriquecida em Ca, Cu e Pb.
As concentrações de Br, Hg, Ir e Se no biomonitor encontram-se provavelmente relacionadas com desgaseificações vulcânicas.
Muitos dos elementos analisados apresentaram comportamentos ambíguos como foi o caso do Ba, Cr, Cs, Eu, Mo, Rb, Sr, Th e Zn. necessitando de uma exploração mais cuidada e de estudos mais alargados.
Os níveis de Ca e de Fe no Sphagnum apontam para uma origem fisiológica, litólica e antropogénica.
Os teores observados de Br, Co e Na nos biomonitores apontam para uma origem predominantemente marinha.
Observou-se em muitos elementos detectados nas atmosferas urbanas da ilha Terceira uma perda de massa relativamente à situação de fundo (referência), nomeadamente: Au, Br, Ca, Ce, Co, Cr, Eu, Fe, K, La, Mo, Nd, Rb, Sc, Se, Sm, Th e U. Os ganhos de massa, nas atmosferas urbanas, verificaram-se para As, Ba, Cs, Hf, Lu, Na, Sb, Sr, Ta, Yb e Zn.
Etiquetas: biomonitorização, Elisabete Maciel, Félix Rodrigues, Gestão e Conservação da Natureza, metais pesados, Poluição, Rosalina Gabriel, tese
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