Racionalizar técnicas para garantir a biodiversidade, na óptica do desenvolvimento sustentável
Foi apresentado na Conferência: “Society for Conservation Biology 2008 Annual Meeting” o trabalho de Fabíola Gil, Isabel Maria Rodrigues e Tomaz Dentinho, do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores e da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco sobre “Contribute to the Understanding of the Relation Between Cherry Orchard Management and the Conservation of an Endemism (Asphodelus bento-rainhae”.
O aumento da produção de cereja na vertente norte da Serra da Gardunha (Beira Interior) cria conflitos entre os agricultores e os defensores do ambiente. A expansão dos pomares têm contribuído para o aumento do rendimento e tem tido um grande impacto socioeconómico na região, mas também ameaça o endemismo Asphodelus bento-rainhae P. Silva. Este estudo pretende encontrar o trade-off entre a produção de cereja e a área coberta por Asphodelus bento-rainhae (%) para cada parcela, gerando assim a informação necessária para encontrar e promover um equilíbrio sustentável entre o desenvolvimento económico e a conservação dos recursos naturais. Para identificar as diversas variáveis que influenciam a produção de cereja e a presença de Asphodelus bento-rainhae foram usadas análises de clusters, regressão linear múltipla e redes neuronais artificiais.
Nestas análises destacou-se o método de remoção da vegetação espontânea entre socalcos: o recurso ao corte aumentava a presença de Asphodelus bento-rainhae mas paralelamente a produção de cereja diminuía. Contudo, quando eram aplicados outros métodos como a aplicação de herbicidas per se ou acompanhada por corte, a produção de cereja aumentava e a área com Asphodelus bento-rainhae diminuía. As restantes variáveis ambientais não apresentavam efeitos significativos sobre a produção de cereja ou a distribuição de Asphodelus bento-rainhae. Os resultados sugerem que é possível aumentar a produção de cereja sem diminuir a distribuição do endemismo desde que a gestão dos declives entre socalcos não seja feita com herbicidas.
Pode concluir-se assim que a gestão e exploração de um recurso tem que ser racional, estudado, pensado de forma sustentável para garantir a preservação da biodiversidade.
O aumento da produção de cereja na vertente norte da Serra da Gardunha (Beira Interior) cria conflitos entre os agricultores e os defensores do ambiente. A expansão dos pomares têm contribuído para o aumento do rendimento e tem tido um grande impacto socioeconómico na região, mas também ameaça o endemismo Asphodelus bento-rainhae P. Silva. Este estudo pretende encontrar o trade-off entre a produção de cereja e a área coberta por Asphodelus bento-rainhae (%) para cada parcela, gerando assim a informação necessária para encontrar e promover um equilíbrio sustentável entre o desenvolvimento económico e a conservação dos recursos naturais. Para identificar as diversas variáveis que influenciam a produção de cereja e a presença de Asphodelus bento-rainhae foram usadas análises de clusters, regressão linear múltipla e redes neuronais artificiais.
Nestas análises destacou-se o método de remoção da vegetação espontânea entre socalcos: o recurso ao corte aumentava a presença de Asphodelus bento-rainhae mas paralelamente a produção de cereja diminuía. Contudo, quando eram aplicados outros métodos como a aplicação de herbicidas per se ou acompanhada por corte, a produção de cereja aumentava e a área com Asphodelus bento-rainhae diminuía. As restantes variáveis ambientais não apresentavam efeitos significativos sobre a produção de cereja ou a distribuição de Asphodelus bento-rainhae. Os resultados sugerem que é possível aumentar a produção de cereja sem diminuir a distribuição do endemismo desde que a gestão dos declives entre socalcos não seja feita com herbicidas.
Pode concluir-se assim que a gestão e exploração de um recurso tem que ser racional, estudado, pensado de forma sustentável para garantir a preservação da biodiversidade.
Etiquetas: Congresso, Fabíola Gil, Isabel Rodrigues, Plantas endémicas, Tomaz Dentinho
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