Governo Regional extinguiu comissão de investigação há dez anos
Em 1997 o Governo Regional criou uma comissão técnica para acompanhar o desmantelamento de infra-estruturas militares. No entanto, essa comissão foi desactivada praticamente na fase inicial, apesar de já terem sido detectadas situações irregulares.
A notícia da Antena 1 ainda não foi comentada pelo Governo Regional, que é o órgão responsável pela extinção da comissão.
João Barcelos, do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores era um dos cientistas dessa comissão e assumiu que provavelmente as situações de contaminação teriam estado à beira de serem descoberta há uma década atrás.
"Apenas não aconteceu porque a comissão cessou funções, sem uma razão aparente e sem sequer me avisarem".
"É bem possível que, se nós tivéssemos continuado em funções, descobríssemos algumas situações preocupantes. Não as poderíamos ter resolvido na sua totalidade, porque estamos a falar de problemas com tamanha gravidade e que existem há muito tempo. Mas, podíamos saber das coisas há muito mais tempo", assume o professor da Universidade dos Açores, especialista em resíduos, que ainda hoje não conhece as razões para a comissão ter sido desactivada.
A comissão foi formada em 1997 por ordem do Governo Regional e respondia apenas a ele. Um dos casos que seguiu foi a remoção do tanque de combustível no Cabrito.
"No desmantelamento do tanque do Cabrito, encontrei alguma resistência quando defendi que era imprescindível que se removesse a base de betão dessa infra-estrutura. Julgo que talvez tenha sido essa insistência que tenha levado as autoridades a não quererem que se criassem obstáculos e diferendos e, eventualmente, a desactivarem essa comissão", adianta João Barcelos. Aquela infraestrutura é hoje um dos locais assumidamente contaminados.
(In Diário dos Açores)
A notícia da Antena 1 ainda não foi comentada pelo Governo Regional, que é o órgão responsável pela extinção da comissão.
João Barcelos, do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores era um dos cientistas dessa comissão e assumiu que provavelmente as situações de contaminação teriam estado à beira de serem descoberta há uma década atrás.
"Apenas não aconteceu porque a comissão cessou funções, sem uma razão aparente e sem sequer me avisarem".
"É bem possível que, se nós tivéssemos continuado em funções, descobríssemos algumas situações preocupantes. Não as poderíamos ter resolvido na sua totalidade, porque estamos a falar de problemas com tamanha gravidade e que existem há muito tempo. Mas, podíamos saber das coisas há muito mais tempo", assume o professor da Universidade dos Açores, especialista em resíduos, que ainda hoje não conhece as razões para a comissão ter sido desactivada.
A comissão foi formada em 1997 por ordem do Governo Regional e respondia apenas a ele. Um dos casos que seguiu foi a remoção do tanque de combustível no Cabrito.
"No desmantelamento do tanque do Cabrito, encontrei alguma resistência quando defendi que era imprescindível que se removesse a base de betão dessa infra-estrutura. Julgo que talvez tenha sido essa insistência que tenha levado as autoridades a não quererem que se criassem obstáculos e diferendos e, eventualmente, a desactivarem essa comissão", adianta João Barcelos. Aquela infraestrutura é hoje um dos locais assumidamente contaminados.
(In Diário dos Açores)
Etiquetas: aquífero, Base das Lajes, João Barcelos, Poluição
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