Universidade dos Açores excluída do estudo
“Nós temos condições para fazer este estudo. Se a Câmara Municipal e o Governo Regional o entregam a outra instituição é uma decisão que têm liberdade para tomar. Nós sabemos o que é que fizemos e, também, que é por causa da Universidade dos Açores (UA) que agora esta matéria está efervescente”. A afirmação é do director do Centro de Investigação e Tecnologias Agrárias dos Açores (CITA-A), em reacção ao facto da Câmara Municipal da Praia da Vitória e o Governo Regional terem entregue ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) o estudo que irá apurar os reais contornos da contaminação dos aquíferos do concelho, provocado por derrames de combustíveis de infra-estruturas associadas à Base das Lajes. João Madruga lembra que foram profissionais da UA que realizaram um estudo sobre a situação, há perto de quatro anos, encomendado pelo município praiense e que, depois, denunciaram a situação, “que começou por ser negada, mas que agora é aceite”.Contactado por DI, o representante açoriano na Comissão Bilateral Permanente de Acompanhamento do Acordo das Lajes, André Bradford afirmou que o executivo e a autarquia escolheram “o melhor que há em Portugal”. “Credibilidade, trabalho feito, qualidade e isenção na abordagem” foram os critérios seguidos, adiantou.Já o presidente da Câmara Municipal da Praia, Roberto Monteiro, apresentou argumentos semelhantes. “Tínhamos de escolher uma entidade que tivesse credibilidade não só nacional como internacional, porque este se trata de um assunto que ultrapassa a esfera do município. Afecta a relação entre dois Estados. Iremos até às últimas instâncias no caso de não cumprimento das acções correctivas, que existirão. Levaremos o assunto a várias instâncias, incluindo tribunais internacionais. Temos de ter um estudo inquestionável”.
(In Diário Insular)
Etiquetas: André Bradford, aquífero, Base das Lajes, João Madruga, Poluição
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