A praga do Escaravelho Japonês (Popillia japonica Newman)

A legislação fitossanitária de combate ao escaravelho japonês (Popillia japonica Newman), actualmente em vigor na Terceira e no Faial, deve ser alargada a São Miguel e ao Pico, onde foram recentemente detectados focos da praga, defende o especialista na matéria e professor do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, David Horta Lopes. A legislação prevê que as plantas em estado adulto apenas possam circular entre ilhas após obterem um certificado fitossanitário, que as flores de corte não circulem de Maio até Outubro, período em que o escaravelho se desenvolve, e que as plantas não sejam transportadas em vasos com terra, visto que esta pode estar infestada com larvas. David Horta Lopes, acentua que a praga do escaravelho japonês na ilha Terceira e no Faial já não pode ser erradicada, mas os focos detectados recentemente no Pico e em São Miguel podem ser eliminados através de legislação fitossanitária, medidas de combate com insecticidas e colocação de armadilhas.

O Professor David Horta Lopes já se disponibilizou, pessoalmente, a levar a cabo um estudo e a definir quais as medidas que devem ser levadas a cabo no terreno. Até agora, não houve qualquer resposta”, revela.

David Horta Lopes recorda que, quando foi identificada a praga no Faial, os norte-americanos, que introduziram a praga no Arquipélago, avançaram com um plano de erradicação, cuja continuidade dada pelas entidades governamentais açorianas é desconhecida.

(In Diário Insular)