sábado, setembro 30, 2006
quinta-feira, setembro 28, 2006
Avaliação Espacio-Temporal dos riscos de Alterações Climáticas Baseada num Índice de Aridez - Zona Sul de Portugal Continental
segunda-feira, setembro 25, 2006
Riscos das Alterações Climáticas Globais
Verifica-se que a opinião pública, por vezes pouco esclarecida cientificamente, se encontra pouco habilitada para este debate e é tradicionalmente alheia a estas questões, divindo-se sobre a atribuição das causas e dos riscos das Alterações Climáticas Globais.
Mesmo defendendo que as Alterações Climáticas são um processo natural na história evolutiva da Terra, estas poderão tornar-se preocupantes para o Homem Moderno na medida em que o ritmo acelerado dessas alterações cria desequilíbrios graves e impactos extensos irreversíveis nos sistemas naturais e, em particular, inviabiliza por vezes a adaptação de medidas de mitigação dos impactos negativos por parte das comunidades.
Os impactos negativos previstos, decorrentes de um aumento médio da temperatura do planeta são: o degelos dos glaciares, com consequências na subida do nível médio da água do mar, a alteração da salinidade dos oceanos, com consequências no transporte de energia e massa pelas correntes oceânicas, aumento do número de tempestades e respectiva intensidade na bacia do Atlântico, cheias e secas, vagas de calor e de frio, pragas de insectos, diminuição da biodiversidade, entre outros impactos negativos aos ecossistemas naturais e sociais.
Com pessoas conhecedoras e despertas para as questões das Alterações Climáticas Globais, a colaboração na redução de emissões de gases com efeito de estufa ou através da implementação de energias alternativas, por exemplo, concretizará mais rapida e eficazmente os objectivos de programas globais como os do Protocolo de Quioto. Por outro lado, com cidadãos conhecedores dos processos físicos de desertificação, será possível pensar e implementar estratégias de combate ao aumento das áreas desérticas do planeta.
Alterações Climáticas nos Açores
A mudança climatérica a nível global, nacional e regional foi o tema de uma conferência do Professor Doutor Eduardo Brito de Azevedo, da Universidade dos Açores, que teve lugar ontem, na Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, no âmbito das actividades da Semana Europeia da Mobilidade.
Segundo Eduardo Brito de Azevedo, as diferenças no clima entre os Açores e o continente e a Madeira devem-se ao menor impacto das mudanças verificadas a nível global devido à acção protectora do mar.
As análises às alterações das condições climatéricas indicam que a temperatura média poderá subir até sete graus nas zonas interiores do continente até ao final do século, enquanto que na Madeira não aumentará mais de três graus.
Ainda segundo Eduardo Brito de Azevedo, existem ainda muitas incertezas sobre a evolução da precipitação até ao final do século XXI. Enquanto que em Portugal e na Madeira se prevê uma redução de precipitação que poderá chegar aos 40 por cento dos valores actuais, sobretudo no Inverno, os Açores deverão manter os actuais níveis, embora a chuva possa surgir de uma forma mais irregular ao longo das quatro estações.