A deplecção da Camada de Ozono e a Desertificação

A Conferência intitulada "A Deplecção da Camada de Ozono e a Desertificação" da autoria do Professor Félix Rodrigues, foi realizada no Auditório da Escola Padre Jerónimo Emiliano de Andrade, em Angra do Heroísmo, no dia 6 de Fevereiro de 2006 pelas 15:00H.

A conferência foi organizada pelas estagiárias de Físico-química Marta Ventura e Maria João, sob a orientação da docente Tânia Fonseca.

O Auditório esteve completamente lotado, com mais de 300 pessoas a assistir a essa conferência.

Nessa conferência foi estabelecido um paralelismo entre a quadra da autoria do Professor Félix Rodrigues:

Com três letrinhas apenas
Se escreve a fórmula do ozono
É das moléculas pequenas
A que mais precisa retorno.

e a quadra:

Com três letrinhas apenas

se escreve a palavra Mãe,

é das palavras pequenas,

a maior que o Mundo tem.

Foi referido que tanto uma quadra como a outra se foca na origem da vida. A primeira quadra inspira-se na segunda, porque a mãe é aquele ser que nos dá a vida e nos protege, enquanto que a camada de ozono é aquela barreira física à radiação ultra-violeta que permite que haja vida à superfície da Terra, ou seja, que exerce o papel de mãe da vida neste planeta.

Foi referido que O3 poderá significar:

O de Obstáculo à má luz.
O de Origem desta vida
O de Ofício que reproduz,
A saúde cada vez mais perdida.

A defesa da vida na superfície terrestre passará inequivocamente pela protecção da Camada do Ozono.

A inexistência de uma camada protectora da radiação ultravioleta originária do sol, tornaria a superfície terrestre praticamente estéril. É exactamente essa ideia que o cartaz anterior das Nações Unidas, pretende transmitir.

Nessa Conferência foi explicada a estrutura física da atmosfera, bem como a sua divisão em camadas.

Também foi apresentado o perfil altitudinal da distribuição do ozono atmosférico, para as latitudes médias do planeta (figura seguinte).

Na figura seguinte apresenta-se a estrutura da molécula de ozono, bem como o mecanismo de formação e deplecção natural do ozono.

Na figura seguinte apresentam-se os mecanismos físicos que envolvem o ozono estratosférico e o seu papel de protecção física à vida na terra.

Na figura seguinte apresenta-se a variação sazonal da coluna total de ozono sobre o Grupo Oriental do Arquipélago dos Açores.

Verifica-se que os mínimos de ozono total aparecem nos finais de Outubro e os máximos no início da Primavera.

Na figura seguinte apresenta-se um diagrama do buraco do ozono observado pela sobre a Antártida no ano 2000.

As grandes deplecções do ozono estratosférico tem sido associadas a actividades antropogénicas, especialmente os CFC (Clorofluorcarbonetos) cujo papel físico e químico poderá ser representado na imagem seguinte:

O papel do ozono, na protecção da vida na terra, poderá ser perfeitamente representado pela criação artística expressa na imagem seguinte:

Sem a camada de ozono, a superfície terrestre poderá ser, num futuro que queremos que seja longínquo, muito semelhante ao da imagem seguinte:

Assim, há que desejar, como o fez Fátima Rosado na seguinte quadra:

Ó Ozono Ó Ozono
Ó Ozono protector
Vai colocar o teu manto
Em cima do meu Amor .

Apresentação

A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou 2006, como o Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação.

A desertificação é uma das formas mais alarmantes de degradação do ambiente: ameaça a saúde humana e os meios de subsistência de mais de um bilião de pessoas, se não quisermos atender à perda da biodiversidade vegetal e animal.
Estima-se que, todos os anos, a desertificação e a seca causem uma enorme perda na produção agrícola mundial, sendo deste modo responsável, pelo aumento do número de mortes associados à fome no nosso planeta.

A desertificação tem vindo a crescer no nosso País, sendo necessário começar desde logo a combatê-la.

Pelas razões que se acabam de enunciar, o Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores promove um conjunto vasto de acções de discussão e esclarecimento sobre essa temática, que aqui pretende dar conta.

O Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação é uma iniciativa a que o Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores se associa no quadro da sua responsabilidade científica e social.

No âmbito desta iniciativa será acentuada a interdependência entre o progresso das sociedades humanas e a sustentabilidade global ou planetária, pretendendo promover-se na Região Açores a Educação Ambiental e a Cidadania esclarecida.

As acções de esclarecimento/discussão decorrerão em todas as ilhas do Arquipélago dos Açores, como se exige a uma Universidade Insular com as características da Universidade Açoriana, especialmente nos estabelecimentos de Ensino e Ecotecas.

O Coordenador das Comemorações do Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação no Departamento de Ciências Agrárias:

Félix Rodrigues