DEFENDE SUSANA ANDRADE Educação deve apostar nas aulas fora da sala
A primeira aluna dos Açores a receber uma bolsa de estudo no âmbito do programa luso-americano Fulbright é estudante do 2º ano da licenciatura em Educação Básica do Departamento de Ciências da Educação do campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores. Susana Andrade, natural da Vila de São Sebastião, ilha Terceira, aguarda com expectativa as datas entre 16 de Julho e 23 de Agosto, período de estadia em Spokane, Estado de Washington, nos Estados Unidos da América, onde pretende recarregar a mala com novos conhecimentos e diferentes experiências na área da Educação.No futuro, adianta ao nosso jornal, quer motivar o sistema de Educação regional a apostar no método de aulas fora da sala.
Susana Andrade é muito clara quanto ao propósito da sua participação no programa Fulbright, um intercâmbio cultural entre Portugal e os Estados Unidos da América (EUA) que, na prática, mediante a atribuição de uma bolsa de estudo, oferece a estudantes e professores a oportunidade de estudar, leccionar ou fazer investigação em ambos os países.
“Aprender mais sobre os métodos de ensino aplicados nas escolas americanas e enriquecer-me com a diversidade de pessoas e culturas”, sublinha à conversa com o nosso jornal.
A aluna do 2º ano da licenciatura em Educação Básica do Departamento de Ciências da Educação do campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores, orientada pelos docentes Carlos Ventura e Francisco Sousa, confessa a sua surpresa por ter ficado entre os cinco candidatos seleccionados de 2011, a nível nacional, mas, apesar disso, diz, sentiu bastante confiança na entrevista de pré-selecção.
Para além de Susana Andrade, a área de Educação conta com Daniela Maia, Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu, sendo os restantes alunos Cidália Eusébio, Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria, Cidadania; Ricardo Farinha, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Ambiente; e Rui Silva, Escola Superior de Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa, Economia.
“O facto de vivermos numa região ultraperiférica não há contingente nem nos garante regalias [nesse programa]. Aliás, pelo contrário, a nossa deslocação é mais complicada e dispendiosa”, considera a aluna acrescentando que a presença dos Açores além-fronteiras é importante para também desmistificar o conceito “ilhéu”.
“Apesar de a nossa localização geográfica temos capacidades a todos os níveis, nomeadamente cultural, cientifico, educação, social, para participarmos e deixarmos a nossa marca no projecto em questão com a devida competência”, diz.
Novo desafio
Entretanto, o dia 16 de Julho não só é a data de partida de Susana Andrade até ao outro lado do Atlântico, mas é também o momento em que a jovem se ausenta do território nacional pela primeira vez.
Para a estudante universitária, o projecto representa naturalmente um novo desafio, quer em termos académicos quer pessoais, que terá a forma de cinco semanas na cidade de Spokane, Estado de Washington, partilhadas com outros 18 jovens na totalidade.
“A frequência nesse programa dará mais credibilidade às minhas ideias. Além disso, abrirá com certeza novas janelas de oportunidade, novas perspectivas de conhecimento, e diferentes conteúdos que poderão ser colocados em prática no futuro”, adianta.
Neste sentido, continua, a jovem espera prestar o seu contributo no sistema de Educação regional e, para isso, pretende aprofundar tudo o que está relacionado com as aulas fora da sala.
“Defendo uma maior dinamização e interactividade nas aulas e, para isso, no meu entender, leccionar fora da sala de aula é um método eficaz. As visitas de estudo são importantes. Na América é comum e resulta. Deveríamos articular isso com as aulas teóricas e, acredito, a produtividade dos alunos será mais elevada. É importante conhecer as coisas e os lugares foram da cadeira e do computador também para combater o sedentarismo”, sustenta Susana Andrade.
No caso concreto da área de Educação, os alunos seleccionados no programa Fulbright devem permanecer em institutos de Verão durante cinco semanas, sendo que o “Institute on Education in the 21st Century”, como é designado o espaço onde estudam os alunos de Educação do Ensino Primário e Secundário, irá tratar de temáticas relacionadas com o sistema de educação americano através de discussões à volta da história da escola pública, bem como a actual política de educação, integração e diversificação nas escolas do mesmo país.
Os alunos terão de examinar modelos de reforma e implementar novas ideias para colocar em prática.
A estadia inclui a visita a estabelecimentos de ensino e a participação em actividades com a comunidade local.
Perfil da Comissão
Criada em 1960, a Comissão Cultural Luso-Americana – Comissão Fulbright surge por acordo diplomático assinado entre o Governo Português e o Governo dos Estados Unidos da América (EUA), sendo que, desde então, a Comissão administra em Portugal o Programa Fulbright de intercâmbio educacional.
Essa tem como fim essencial o desenvolvimento de actividades envolvendo bolseiros e amigos da Comissão Cultural Luso-Americana no quadro de aplicação do Programa Fulbright, como forma de promoção do intercâmbio cultural entre os dois países.
A missão é fomentar o entendimento mútuo através da oferta de oportunidades de intercâmbio de professores, investigadores e estudantes, com base no mérito; da disponibilização de orientação e informação de qualidade sobre os sistemas de ensino dos dois países; e da organização de iniciativas que potenciem a partilha de conhecimento.
(In Sónia Bettencourt em A União)
Susana Andrade é muito clara quanto ao propósito da sua participação no programa Fulbright, um intercâmbio cultural entre Portugal e os Estados Unidos da América (EUA) que, na prática, mediante a atribuição de uma bolsa de estudo, oferece a estudantes e professores a oportunidade de estudar, leccionar ou fazer investigação em ambos os países.
“Aprender mais sobre os métodos de ensino aplicados nas escolas americanas e enriquecer-me com a diversidade de pessoas e culturas”, sublinha à conversa com o nosso jornal.
A aluna do 2º ano da licenciatura em Educação Básica do Departamento de Ciências da Educação do campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores, orientada pelos docentes Carlos Ventura e Francisco Sousa, confessa a sua surpresa por ter ficado entre os cinco candidatos seleccionados de 2011, a nível nacional, mas, apesar disso, diz, sentiu bastante confiança na entrevista de pré-selecção.
Para além de Susana Andrade, a área de Educação conta com Daniela Maia, Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viseu, sendo os restantes alunos Cidália Eusébio, Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria, Cidadania; Ricardo Farinha, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Ambiente; e Rui Silva, Escola Superior de Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa, Economia.
“O facto de vivermos numa região ultraperiférica não há contingente nem nos garante regalias [nesse programa]. Aliás, pelo contrário, a nossa deslocação é mais complicada e dispendiosa”, considera a aluna acrescentando que a presença dos Açores além-fronteiras é importante para também desmistificar o conceito “ilhéu”.
“Apesar de a nossa localização geográfica temos capacidades a todos os níveis, nomeadamente cultural, cientifico, educação, social, para participarmos e deixarmos a nossa marca no projecto em questão com a devida competência”, diz.
Novo desafio
Entretanto, o dia 16 de Julho não só é a data de partida de Susana Andrade até ao outro lado do Atlântico, mas é também o momento em que a jovem se ausenta do território nacional pela primeira vez.
Para a estudante universitária, o projecto representa naturalmente um novo desafio, quer em termos académicos quer pessoais, que terá a forma de cinco semanas na cidade de Spokane, Estado de Washington, partilhadas com outros 18 jovens na totalidade.
“A frequência nesse programa dará mais credibilidade às minhas ideias. Além disso, abrirá com certeza novas janelas de oportunidade, novas perspectivas de conhecimento, e diferentes conteúdos que poderão ser colocados em prática no futuro”, adianta.
Neste sentido, continua, a jovem espera prestar o seu contributo no sistema de Educação regional e, para isso, pretende aprofundar tudo o que está relacionado com as aulas fora da sala.
“Defendo uma maior dinamização e interactividade nas aulas e, para isso, no meu entender, leccionar fora da sala de aula é um método eficaz. As visitas de estudo são importantes. Na América é comum e resulta. Deveríamos articular isso com as aulas teóricas e, acredito, a produtividade dos alunos será mais elevada. É importante conhecer as coisas e os lugares foram da cadeira e do computador também para combater o sedentarismo”, sustenta Susana Andrade.
No caso concreto da área de Educação, os alunos seleccionados no programa Fulbright devem permanecer em institutos de Verão durante cinco semanas, sendo que o “Institute on Education in the 21st Century”, como é designado o espaço onde estudam os alunos de Educação do Ensino Primário e Secundário, irá tratar de temáticas relacionadas com o sistema de educação americano através de discussões à volta da história da escola pública, bem como a actual política de educação, integração e diversificação nas escolas do mesmo país.
Os alunos terão de examinar modelos de reforma e implementar novas ideias para colocar em prática.
A estadia inclui a visita a estabelecimentos de ensino e a participação em actividades com a comunidade local.
Perfil da Comissão
Criada em 1960, a Comissão Cultural Luso-Americana – Comissão Fulbright surge por acordo diplomático assinado entre o Governo Português e o Governo dos Estados Unidos da América (EUA), sendo que, desde então, a Comissão administra em Portugal o Programa Fulbright de intercâmbio educacional.
Essa tem como fim essencial o desenvolvimento de actividades envolvendo bolseiros e amigos da Comissão Cultural Luso-Americana no quadro de aplicação do Programa Fulbright, como forma de promoção do intercâmbio cultural entre os dois países.
A missão é fomentar o entendimento mútuo através da oferta de oportunidades de intercâmbio de professores, investigadores e estudantes, com base no mérito; da disponibilização de orientação e informação de qualidade sobre os sistemas de ensino dos dois países; e da organização de iniciativas que potenciem a partilha de conhecimento.
(In Sónia Bettencourt em A União)
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