Pouca chuva até Fevereiro, é falta de água em veraneio
Se não se registar um aumento da pluviosidade até final do próximo mês e os furos de captação de água que vão ser abertos até ao Verão não alcançarem os resultados esperados, a escassez de água sentida em 2008 vai sentir-se também em 2009. O alerta parte de Félix Rodrigues, professor da universidade dos açores (UA).
Em declarações ao DI, a propósito do plano governamental para a sustentabilidade dos recursos hídricos da Terceira, o académico sublinha, por isso, que a localização dos furos previstos tem de ser muito bem pensada. “Temos registado baixos índices de pluviosidade até agora. É prematuro fazer previsões, mas se a chuva não cair com regularidade e por um período longo até ao final de Fevereiro, podemos esperar caudais reduzidos nas nascentes que abastecem o concelho de angra”, explica. “Daí que os novos furos de captação representem um investimento importante. Mas para o serem, é preciso que sejam efectuados em zonas que garantam caudais de água razoáveis. Caso contrário, teremos um Verão com falta de água como aconteceu em 2008”, complementa Félix Rodrigues.
“Se tudo correr bem – e acredito que isso acontecerá – o ano de 2009, em termos de abastecimento de água, será razoável”, contrapõe.
Estudos fora de tempo
Para Félix Rodrigues é justificável que os alertas produzidos pela UA para a necessidade de protecção dos recursos hídricos da ilha, particularmente a protecção dos sistemas de turfeiras da Caldeira Guilherme Moniz, não tenham impedido as arroteias naquele local. “Os principais estudos da universidade ocorreram na década de 90. O plano de arroteias começou muito mais cedo, surgindo na sequência do desenvolvimento que defendia a intensificação da produção agrícola, o que implicava a conquista de terrenos ao interior da ilha e a sua transformação em pastagens. Ora, quando os estudos da academia são produzidos, o mal já estava feito”, alega. “O conhecimento e a consciência para o problema não estavam presentes nessa altura”, sublinha.
Na apresentação do plano de recuperação do ciclo da água na Terceira, o secretário regional do ambiente, Álamo Meneses, explicou que as arroteias que ocorreram na Caldeira Guilherme Moniz se inseriram no Plano Pecuário dos Açores: “Foram promovidas dentro duma filosofia que advogava que a recuperação de terrenos para a agricultura era sinal de desenvolvimento. Agora, percebemos que essa política foi errada”, admitiu.

“Se tudo correr bem – e acredito que isso acontecerá – o ano de 2009, em termos de abastecimento de água, será razoável”, contrapõe.
Estudos fora de tempo
Para Félix Rodrigues é justificável que os alertas produzidos pela UA para a necessidade de protecção dos recursos hídricos da ilha, particularmente a protecção dos sistemas de turfeiras da Caldeira Guilherme Moniz, não tenham impedido as arroteias naquele local. “Os principais estudos da universidade ocorreram na década de 90. O plano de arroteias começou muito mais cedo, surgindo na sequência do desenvolvimento que defendia a intensificação da produção agrícola, o que implicava a conquista de terrenos ao interior da ilha e a sua transformação em pastagens. Ora, quando os estudos da academia são produzidos, o mal já estava feito”, alega. “O conhecimento e a consciência para o problema não estavam presentes nessa altura”, sublinha.
Na apresentação do plano de recuperação do ciclo da água na Terceira, o secretário regional do ambiente, Álamo Meneses, explicou que as arroteias que ocorreram na Caldeira Guilherme Moniz se inseriram no Plano Pecuário dos Açores: “Foram promovidas dentro duma filosofia que advogava que a recuperação de terrenos para a agricultura era sinal de desenvolvimento. Agora, percebemos que essa política foi errada”, admitiu.
(In Diário Insular)
Etiquetas: Álamo de Meneses, ciclos naturais, Falta de água, Félix Rodrigues
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home