Camões: Poeta ou Astrónomo?
Félix Rodrigues
(In Diário Insular)
A “Astronomia de Os Lusíadas”, é uma obra de Luciano Pereira da Silva, um dos primeiros investigadores a analisar de modo sistemático as referências astronómicas do Poema. Afirma que os aspectos astronómicos dessa obra, mostram que ‘Camões tinha um conhecimento claro e seguro dos princípios da astronomia, tal como ela se professava no seu tempo’ e deduz que as ideias astronómicas do poeta são as do texto de Sacrobosco, com as modificações contidas nas notas de Pedro Nunes no Tratado da Sphera de 1537. Este artigo, que segue a mesma linha do trabalho anteriormente referido, enquadrado nas Comemorações do Ano Internacional da Astronomia (AIA-2009), pretende enfatizar o saber astronómico de Camões analisando apenas a estrofe 88 do Canto X de “Os Lusíadas”, onde de forma poética e cientificamente correcta para a época, o poeta faz referência às constelações conhecidas nos dois Hemisférios Celestiais.
"Olha por outras partes a pintura
Que as Estrelas fulgentes vão fazendo:
Olha a Carreta, atenta a Cinosura,
Andrómeda e seu pai, e o Drago horrendo;
Vê de Cassiopeia a fermosura
E do Orionte o gesto turbulento;
Olha o Cisne morrendo que suspira,
A Lebre e os Cães, a Nau e a doce Lira.”
Que as Estrelas fulgentes vão fazendo:
Olha a Carreta, atenta a Cinosura,
Andrómeda e seu pai, e o Drago horrendo;
Vê de Cassiopeia a fermosura
E do Orionte o gesto turbulento;
Olha o Cisne morrendo que suspira,
A Lebre e os Cães, a Nau e a doce Lira.”
Uma vez que as posições relativas das estrelas se mantêm no firmamento por muitos séculos, pode-se afirmar que as constelações que Camões refere em “Os Lusíadas”, são as mesmas que ainda hoje observamos.
Quem na actualidade consegue identificar a Carreta, Cinosura, Andrómeda, Cassiopeia, Drago, Orionte, Cisne, Lebre, Nau ou Lira?
A Carreta era o nome atribuído à época à Ursa Maior ou Úrsula Maior, por ter uma forma de Carro, enquanto que Cinosura era o nome da Ursa Menor. De facto, a Ursa Maior aponta para a Ursa menor.
A princesa mitológica Andrómeda, tem o nome associado a uma constelação do Hemisfério Celestial Norte. As três estrelas mais brilhantes dessa constelação boreal são Sirrah (alfa), Mirach (beta) e Almak (gama). Estão quase em linha recta e equidistantes e encontram-se no prolongamento do quadrado de Pégaso. Mitologicamente, o pai de Andrómeda é Cefeu. Cefeu é também uma constelação do Hemisfério Celestial Norte sendo a estrela alfa de Cefeu, Alderamin, a mais brilhante. As constelações vizinhas de Cefeu são a Úrsula Menor, Dragão (Drago), Cisne e Cassiopeia. Camões conhece essa proximidade e cita todas essas constelações na estrofe anterior.
Os Cães que Camões refere, são os cães de Orionte: o Cão Maior e o Cão Menor.
Orionte tem sido objecto de admiração ao longo de todos os tempos. Esta constelação, conjuntamente com a Úrsula Maior e as Plêiades, é das constelações com referências mais antigas. Com excepção da "Carreta" - Úrsula Maior, o "cinturão de Orionte" é provavelmente o mais conhecido e o mais popular de todos os grupos estelares. Popularmente chamam a essa grupo de três estrelas "as três Marias" ou "os três Reis Magos". Nos catálogos antigos, Orionte é representada por um caçador movendo um maço (como lhe chama Camões – gesto turbulento”), enfrentando o Touro celeste. Tem aos pés a Lebre e seguem-nos o Cão Maior e o Cão Menor.
No Hemisfério Celestial Norte é ainda possível observar as constelações de Cisne e de Lira que Camões refere na estrofe anterior, no entanto, a Lebre, é uma constelação do Hemisfério Celestial Sul, logo ao sul do equador celeste.
O verso “Olha o Cisne morrendo que suspira” tem também sentido mitológico, onde Camões junta, como é hábito, as duas vertentes: a astronómica e a mitológica. Por outro lado, é a forma poética que encontra para falar da constelação de Gémeos. Para melhor se entender essa assunção, atenda-se à história da princesa Leda.
Leda era uma jovem e bela princesa, recém-casada com Tíndaro, herdeiro do reino de Esparta. Gostava de deitar-se na relva, apreciando o canto dos pássaros onde expunha o seu corpo nu aos raios do sol, sob olhares indiscretos dos deuses.
Certa vez, Zeus ia a caminho da cidade de Tróia e encontrou Leda deitada seminua na relva e parou para contemplá-la de longe. Temendo assustá-la com a sua figura gloriosa e resplandecente, converteu-se num cisne imenso para poder cortejá-la.
Ao ver o belo cisne, Leda senta-se e começa a observá-lo. O Cisne mostra grande excitação e desejo, através de uma dança. Leda estava fascinada e o cisne aproximou-se mais e começou a tocá-la e acariciá-la com as suas plumas e o seu longo pescoço.
Excitada, Leda deitou-se novamente na relva e aguardou que o cisne se deitasse sobre ela, para se amarem.
Alguns meses depois a princesa sente fortes dores e percebe que do seu ventre saíam dois ovos: do primeiro, nasceram Castor e Helena e do segundo, Pólux e Clitemnestra. Hera, irmã e esposa de Zeus, com ciúmes, persegue e proíbe Leda de viver no reino. Zeus para compensar Leda, converteu-a em deusa e reservou-lhe um espaço no céu, na forma de uma estrela na constelação de Cisne.
Os filhos de Leda e Zeus, Castor e Pólux, tornam-se grandes guerreiros e amigos inseparáveis. Todavia Castor, que herdou a mortalidade humana da mãe, perde a vida numa batalha e Pólux, que herdou a imortalidade divina do pai, suplica a Zeus que devolva a vida ao seu irmão. Comovido com esta demonstração de amor fraterno, Zeus propõe a Pólux dividir a sua imortalidade, alternando com o irmão um dia de vida e um dia de morte.
Assim os irmãos passaram a viver e a morrer alternadamente e Zeus homenageou-os com a constelação de Gémeos, na qual não poderiam ser separados nem com a morte.
A Nau, referida por Camões é provavelmente a constelação do Navio, e na idade média chamada de Argos, referida, crê-se que pela primeira vez, no Almagesto de Claudio Ptolomeu (127-145 d.C.) naquele que é um dos mais importantes catálogos estelares: uma fabulosa obra composta por 13 volumes e onde estão referidas 1022 estrelas de 48 constelações distintas, sendo 12 zodiacais, 21 ao Norte e 15 ao Sul, inclusive as quatro estrelas principais do Cruzeiro do Sul, na época pertencentes à constelação de Centauro. Essa possibilidade torna-se mais pertinente, porque Camões sabe-o, pois escreve na estrofe 85 do Canto IV:
Quem na actualidade consegue identificar a Carreta, Cinosura, Andrómeda, Cassiopeia, Drago, Orionte, Cisne, Lebre, Nau ou Lira?
A Carreta era o nome atribuído à época à Ursa Maior ou Úrsula Maior, por ter uma forma de Carro, enquanto que Cinosura era o nome da Ursa Menor. De facto, a Ursa Maior aponta para a Ursa menor.
A princesa mitológica Andrómeda, tem o nome associado a uma constelação do Hemisfério Celestial Norte. As três estrelas mais brilhantes dessa constelação boreal são Sirrah (alfa), Mirach (beta) e Almak (gama). Estão quase em linha recta e equidistantes e encontram-se no prolongamento do quadrado de Pégaso. Mitologicamente, o pai de Andrómeda é Cefeu. Cefeu é também uma constelação do Hemisfério Celestial Norte sendo a estrela alfa de Cefeu, Alderamin, a mais brilhante. As constelações vizinhas de Cefeu são a Úrsula Menor, Dragão (Drago), Cisne e Cassiopeia. Camões conhece essa proximidade e cita todas essas constelações na estrofe anterior.
Os Cães que Camões refere, são os cães de Orionte: o Cão Maior e o Cão Menor.
Orionte tem sido objecto de admiração ao longo de todos os tempos. Esta constelação, conjuntamente com a Úrsula Maior e as Plêiades, é das constelações com referências mais antigas. Com excepção da "Carreta" - Úrsula Maior, o "cinturão de Orionte" é provavelmente o mais conhecido e o mais popular de todos os grupos estelares. Popularmente chamam a essa grupo de três estrelas "as três Marias" ou "os três Reis Magos". Nos catálogos antigos, Orionte é representada por um caçador movendo um maço (como lhe chama Camões – gesto turbulento”), enfrentando o Touro celeste. Tem aos pés a Lebre e seguem-nos o Cão Maior e o Cão Menor.
No Hemisfério Celestial Norte é ainda possível observar as constelações de Cisne e de Lira que Camões refere na estrofe anterior, no entanto, a Lebre, é uma constelação do Hemisfério Celestial Sul, logo ao sul do equador celeste.
O verso “Olha o Cisne morrendo que suspira” tem também sentido mitológico, onde Camões junta, como é hábito, as duas vertentes: a astronómica e a mitológica. Por outro lado, é a forma poética que encontra para falar da constelação de Gémeos. Para melhor se entender essa assunção, atenda-se à história da princesa Leda.
Leda era uma jovem e bela princesa, recém-casada com Tíndaro, herdeiro do reino de Esparta. Gostava de deitar-se na relva, apreciando o canto dos pássaros onde expunha o seu corpo nu aos raios do sol, sob olhares indiscretos dos deuses.
Certa vez, Zeus ia a caminho da cidade de Tróia e encontrou Leda deitada seminua na relva e parou para contemplá-la de longe. Temendo assustá-la com a sua figura gloriosa e resplandecente, converteu-se num cisne imenso para poder cortejá-la.
Ao ver o belo cisne, Leda senta-se e começa a observá-lo. O Cisne mostra grande excitação e desejo, através de uma dança. Leda estava fascinada e o cisne aproximou-se mais e começou a tocá-la e acariciá-la com as suas plumas e o seu longo pescoço.
Excitada, Leda deitou-se novamente na relva e aguardou que o cisne se deitasse sobre ela, para se amarem.
Alguns meses depois a princesa sente fortes dores e percebe que do seu ventre saíam dois ovos: do primeiro, nasceram Castor e Helena e do segundo, Pólux e Clitemnestra. Hera, irmã e esposa de Zeus, com ciúmes, persegue e proíbe Leda de viver no reino. Zeus para compensar Leda, converteu-a em deusa e reservou-lhe um espaço no céu, na forma de uma estrela na constelação de Cisne.
Os filhos de Leda e Zeus, Castor e Pólux, tornam-se grandes guerreiros e amigos inseparáveis. Todavia Castor, que herdou a mortalidade humana da mãe, perde a vida numa batalha e Pólux, que herdou a imortalidade divina do pai, suplica a Zeus que devolva a vida ao seu irmão. Comovido com esta demonstração de amor fraterno, Zeus propõe a Pólux dividir a sua imortalidade, alternando com o irmão um dia de vida e um dia de morte.
Assim os irmãos passaram a viver e a morrer alternadamente e Zeus homenageou-os com a constelação de Gémeos, na qual não poderiam ser separados nem com a morte.
A Nau, referida por Camões é provavelmente a constelação do Navio, e na idade média chamada de Argos, referida, crê-se que pela primeira vez, no Almagesto de Claudio Ptolomeu (127-145 d.C.) naquele que é um dos mais importantes catálogos estelares: uma fabulosa obra composta por 13 volumes e onde estão referidas 1022 estrelas de 48 constelações distintas, sendo 12 zodiacais, 21 ao Norte e 15 ao Sul, inclusive as quatro estrelas principais do Cruzeiro do Sul, na época pertencentes à constelação de Centauro. Essa possibilidade torna-se mais pertinente, porque Camões sabe-o, pois escreve na estrofe 85 do Canto IV:
“Elas prometem, vendo os mares largos,
De ser no Olimpo estrelas, como a de Argos”
De ser no Olimpo estrelas, como a de Argos”
Mitologicamente a Nau Argos foi posta entre as constelações por Minerva. Apreciador da mitologia grega como era, Camões teria certamente conhecimento desse facto.
Assim, quando Camões canta o firmamento, já muitas das constelações eram conhecidas e referidas nas obras de astronomia, todavia conhecê-las quase todas, e bem, exigiria um conhecimento profundo dos céus. O mais assombroso é que numa só estrofe Camões refere directa e indirectamente quinze constelações : Carreta (Úrsula Maior), Cinosura (Úrsula Menor), Andrómeda, Cefeu (seu pai), Dragão (Drago), Cassiopeia, Orionte, Touro (direcção do gesto turbulento de Orionte), Cisne, Gémeos (Cisne morrendo que suspira), Lebre, Cão Maior, Cão Menor (os Cães), Argo Navis (Nau) - actualmente dividida em Quilha, Popa e Vela, e finalmente, Lira.
Porquê chamar à constelação do Dragão, Drago horrendo, quando todas as outras menções revelam harmonia? Tal pode tanto dever-se a aspectos mitológicos com a aspectos astronómicos ou astrológicos. Em Camões, tal como referido anteriormente, estes aspectos andam misturados.
Para comemorar o casamento de Zeus com Hera, Gaia, a Mãe-Terra, ofereceu à rainha dos deuses uma macieira que produzia frutos de ouro. Não sabendo onde guardar tão precioso presente, Hera decidiu plantá-lo no Jardim das Hespérides (as Ninfas do Poente), o lugar mais distante do mundo (segundo a então geografia grega), no noroeste de África. A deusa percebeu que as ninfas não poderiam proteger sozinhas a macieira sagrada, decidindo pô-la a guardar também o dragão Ládon, filho de Tífon e Équidna.
Como último de seus “Doze Trabalhos”, o herói Héracles (Hércules) foi enviado para colher as maçãs divinas. Mas, não tendo conseguido derrotar o dragão, Héracles contou com a ajuda do Titã Atlas, que matou Ládon e trouxe as maçãs que deu a Héracles.
Zeus elevou o dragão ao céu, transformando-o numa constelação. Para Héracles, também depois de morto, foi criada uma constelação com seu nome, posta diante do Dragão, ajoelhado frente a ele e ameaçando-o com a clava (como que a golpeá-lo). O Drago horrendo de Camões poderá estar relacionado com esta lenda grega. Se assim for, na estrofe anteriormente referida, Camões também se refere indirectamente à Constelação de Hércules (a constelação de Hércules é uma extensa constelação a Oeste de Lira).
Nas culturas ancestrais, o Sol, é representado de muitas maneiras, por exemplo, personificando um pastor, um guerreiro, um caçador, um cavalo ou uma águia. Por outro lado, a escuridão, o inimigo do Sol, pode tomar a figura de um enorme dragão, de uma serpente ou de um escorpião. Assim, o Dragão era visto como um ser horrendo, capaz de devorar o Sol ou a Lua. Tal explicava os eclipses solares e lunares.
No contexto da estrofe 88 do Canto X, não se crê que Camões se refira à constelação do Dragão como Drago horrendo, sem qualquer sentido astronómico, certamente quereria indicar a constelação de Hércules ou então referir a existência de fenómenos astronómicos como os eclipses do Sol e da Lua.
Fica-se deveras intrigado com os conhecimentos astronómicos de Camões. Onde os aprendeu? Onde os estudou?
Camões continua a fascinar-nos, poética e astronomicamente.
Assim, quando Camões canta o firmamento, já muitas das constelações eram conhecidas e referidas nas obras de astronomia, todavia conhecê-las quase todas, e bem, exigiria um conhecimento profundo dos céus. O mais assombroso é que numa só estrofe Camões refere directa e indirectamente quinze constelações : Carreta (Úrsula Maior), Cinosura (Úrsula Menor), Andrómeda, Cefeu (seu pai), Dragão (Drago), Cassiopeia, Orionte, Touro (direcção do gesto turbulento de Orionte), Cisne, Gémeos (Cisne morrendo que suspira), Lebre, Cão Maior, Cão Menor (os Cães), Argo Navis (Nau) - actualmente dividida em Quilha, Popa e Vela, e finalmente, Lira.
Porquê chamar à constelação do Dragão, Drago horrendo, quando todas as outras menções revelam harmonia? Tal pode tanto dever-se a aspectos mitológicos com a aspectos astronómicos ou astrológicos. Em Camões, tal como referido anteriormente, estes aspectos andam misturados.
Para comemorar o casamento de Zeus com Hera, Gaia, a Mãe-Terra, ofereceu à rainha dos deuses uma macieira que produzia frutos de ouro. Não sabendo onde guardar tão precioso presente, Hera decidiu plantá-lo no Jardim das Hespérides (as Ninfas do Poente), o lugar mais distante do mundo (segundo a então geografia grega), no noroeste de África. A deusa percebeu que as ninfas não poderiam proteger sozinhas a macieira sagrada, decidindo pô-la a guardar também o dragão Ládon, filho de Tífon e Équidna.
Como último de seus “Doze Trabalhos”, o herói Héracles (Hércules) foi enviado para colher as maçãs divinas. Mas, não tendo conseguido derrotar o dragão, Héracles contou com a ajuda do Titã Atlas, que matou Ládon e trouxe as maçãs que deu a Héracles.
Zeus elevou o dragão ao céu, transformando-o numa constelação. Para Héracles, também depois de morto, foi criada uma constelação com seu nome, posta diante do Dragão, ajoelhado frente a ele e ameaçando-o com a clava (como que a golpeá-lo). O Drago horrendo de Camões poderá estar relacionado com esta lenda grega. Se assim for, na estrofe anteriormente referida, Camões também se refere indirectamente à Constelação de Hércules (a constelação de Hércules é uma extensa constelação a Oeste de Lira).
Nas culturas ancestrais, o Sol, é representado de muitas maneiras, por exemplo, personificando um pastor, um guerreiro, um caçador, um cavalo ou uma águia. Por outro lado, a escuridão, o inimigo do Sol, pode tomar a figura de um enorme dragão, de uma serpente ou de um escorpião. Assim, o Dragão era visto como um ser horrendo, capaz de devorar o Sol ou a Lua. Tal explicava os eclipses solares e lunares.
No contexto da estrofe 88 do Canto X, não se crê que Camões se refira à constelação do Dragão como Drago horrendo, sem qualquer sentido astronómico, certamente quereria indicar a constelação de Hércules ou então referir a existência de fenómenos astronómicos como os eclipses do Sol e da Lua.
Fica-se deveras intrigado com os conhecimentos astronómicos de Camões. Onde os aprendeu? Onde os estudou?
Camões continua a fascinar-nos, poética e astronomicamente.
(In Diário Insular)
Etiquetas: Ano Internacional da Astronomia, Camões, ensaio, Félix Rodrigues, poesia
6 Comments:
Parabéns pelo belo texto! Muito bem explicada foi a relação objetiva do movimento dos corpos celestes com a função mitológica antiga e a poética literária renascentista de Camões! O que foi cogitado também é muito interessante, referente à menção à constelação do Dragão. Um abraço do Brasil.
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