segunda-feira, julho 27, 2009

Projecto de monitorização financiado pela edilidade angrense

A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo vai financiar com 15 mil euros um projecto de monitorização da praga de térmitas da madeira seca que está assolar a zona histórica da cidade.A iniciativa que se desenrola até ao final do Verão, envolve uma equipa da Universidade dos Açores com um supervisor científico, uma aluna de doutoramento e dois técnicos de campo que vão usar duas centenas de armadilhas colocadas em dez artérias e habitações da cidade. Andreia Cardoso, presidente da autarquia angrense, sublinhou que “o projecto assenta em três prioridades: programa agressivo de controlo, monitorização a partir de 2009 como ano zero e sensibilização da população para medidas de controlo e combate”.Por outro lado, salientou a importância da cooperação entre a autarquia e a Universidade dos Açores que vai coordenar e monitorizar o projecto. Paulo Borges, professor e investigador da Universidade dos Açores, que tem apresentado diversos planos para controlo e combate a esta praga disse que “é preciso conhecer a situação cinco anos depois da primeira avaliação feita em 2004”. Por isso, acrescentou, “a monitorização é fundamental para se ter uma ideia da sua densidade e encontrar os melhores métodos para controlo e combate”.Um dos projectos, a implementar “visa conhecer a situação das térmitas em todas as ilhas” e outro “sobre como lidar com os resíduos das térmitas” e são apoiados, respectivamente pela direcção regional da Ciência e Tecnologia e secretaria regional do Ambiente. Segundo o investigador da Universidade dos Açores vão adoptadas em breve novas técnicas de combate às térmitas que resultam do trabalho realizado por uma empresa americana e outra austríaca.Referiu que no caso da empresa norte-americana existe disponibilidade para a cedência dos direitos comerciais da nova técnica a empresas açorianas interessadas enquanto que os austríacos preferem testar no terreno as técnicas de combate às térmitas que estão a desenvolver.De acordo com Paulo Borges estão, até ao momento, inventariados três tipos de térmitas: as que atacam a madeira seca (uma espécie com origem nas Índias Ocidentais), as que atacam videiras e pomares e uma espécie subterrânea (de origem europeia).

(In Diário Insular)

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