Eleições na Universidade dos Açores
Realizou-se ontem o acto eleitoral para os docentes, estudantes e funcionários que formarão o Conselho Geral da Universidade dos Açores, órgão de governo que tem como principais competências a eleição e destituição do reitor, a cooptação dos membros que não pertençam à Universidade e a aprovação das linhas gerais de orientação e respectivos planos de âmbito científico, pedagógico, financeiro e patrimonial, bem como a definição de metas e objectivos de gestão. Como elemento que integra uma das quatro listas concorrentes de professores e investigadores, tenho-me coibido até agora de aproveitar este espaço para qualquer tipo de campanha eleitoral. Com excepção das entrevistas e debates solicitados e organizados pelos órgãos de comunicação social que, com maior ou menor relevo, acompanham todos os intervenientes, a nossa acção tem sido interna, de distribuição dos nossos Princípios Programáticos, cartazes e sessões de esclarecimento. Mas não tem sido esta a atitude de todos os colegas. Sentimos, assim, que devemos apresentar para o exterior, ainda que muito sucintamente, a diferença da nossa lista - Inovar para Mudar, sublinhando três grandes aspectos, que interligam as políticas com as práticas e que, com base numa visão realista, apontam um rumo para a Universidade dos Açores. Temos uma ideia para a nossa Instituição que assenta na unidade e na cooperação. A segmentação da Universidade dos Açores em pólos, departamentos, centros e serviços tem frequentemente funcionado como factor de divisão. Ao invés de se potenciarem as vantagens daí decorrentes, foi culturalmente instituído um sentimento de concorrência interna, centrado nas Unidades Orgânicas, que consome energias e desfoca atenções, em nada beneficiando a Instituição. A nossa lista pretende contribuir para se ultrapassarem tais barreiras, através da promoção da transversalidade e da complementaridade, e ganhar uma nova dimensão na sociedade e na economia regional, nacional e internacional, por mérito e competência. Este novo rumo assenta também na valorização da diferença dos diversos ramos do saber, como fonte de enriquecimento específico que justificam a essência universitária e em alterações organizacionais e de funcionamento com vista a um aumento da eficiência dos serviços e a eficácia da sua acção ao nível do ensino, da investigação científica, da prestação de serviços e da extensão cultural.
(In Jornal Diário)
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