Confraria do Ananás
Como os meios de comunicação e a própria Junta de Freguesia da Fajã de Baixo anunciaram, Manuel Arruda, antigo presidente do nosso Município e pessoa afectivamente ligada à Fajã de Baixo, para além de ser um cultivador, numa tradição que vem do seu pai, foi o convidado daquela autarquia para pronunciar mais uma palestra integrada nas comemorações dos 475 anos da criação da comunidade fajanense, num trabalho que intitulou de «A Cultura do Ananás - presente e futuro».
Estiveram presentes em mais esta sessão de trabalho e de reflexão, Berta Cabral, presidente do Município de Ponta Delgada, membros da Junta e da Assembleia de Freguesia, órgãos directivos da «Pró-Frutos» e da «Anazor», cultivadores e diversas outras pessoas ligadas ou interessadas nesta secular cultura, que continua a ser uma referência económica e de marca para a Fajã de Baixo. Abriu a sessão o respectivo presidente, João Carlos Carreiro, que depois de saudar e agradecer ao orador a aquiescência ao convite que lhe dirigira, informou as pessoas presentes dos objectivos a que se propunha a autarquia que presidia em realizar aquelas palestras de reflexão, enunciando os temas que, em meses seguintes, seriam também ali tratados, de forma a tirarem-se conclusões objectivas acerca dos problemas e das ambições da Fajã de Baixo, nas várias áreas de intervenção.Manuel Arruda desenvolveu o seu trabalho em duas fases: na primeira para se referir à situação actual do ananás e das preocupações, que no seu entender, mais se faziam sentir, na actualidade, com a sua cultura, nomeadamente, valores de venda e de exportação, dificuldades de colocação do produto, diminuição significativa do número de estufas, preços de venda e ainda de alguma irresponsabilidade da parte de cultivadores.Como esperança e optimismo quanto ao futuro, apontou três factores: aumento do consumo externo, apoios do programa «Poseima» e diminuição da produção. Ainda em relação ao futuro, o orador focou que o ananás teria de ser sempre um fruto de eleição, apontando para uma maior divulgação das suas propriedades terapêuticas, maior comercialização dos produtores, com qualidade e diferenciação dos preços e ainda uma melhor distribuição da produção, alterando-se o seu ciclo normal. Salientou, muito especialmente, a falta que se tem feito sentir duma verdadeira e actualizada investigação dessa cultura, sobretudo por parte da Universidade dos Açores e ainda de outros organismos governamentais. Concluiu que a Fajã de Baixo sem estufas e sem aquela cultura não será mais a mesma freguesia, nem ninguém estava apostado em descaracterizá-la. Daí lançar um veemente apelo no sentido da união de todos os produtores, dado o papel fundamental que tinham na preservação daquela cultura, bem como na melhoria da comercialização do fruto, quer no mercado interno, quer no mercado externo, englobando o continente português e o estrangeiro. Por fim fez votos por que daqui a 50 anos quando a freguesia comemorasse os 525 anos, ali estivessem os filhos e os netos dos presentes a falar sobre a situação do ananás - o rei dos frutos, facto que seria sinal da sua continuada sobrevivência.Terminada a sua intervenção desenvolveu-se um alargado e muito útil diálogo, durante o qual foram levantados diversificados problemas ligados à cultura e à comercialização dos frutos, formação dos estufeiros, dificuldades em obter-se mão de obra e os materiais apropriados à conservação das estufas, bem como da necessidade de se pugnar por uma melhor identificação do ananás face a outras frutas similares, nomeadamente a nível da hotelaria e outros serviços de restauração, de modo a que o ananás possa realmente ser o « rei dos frutos». No final das intervenções desta longa sessão de reflexão, a Presidente do Município de Ponta Delgada usou da palavra, como assistente convidada e como cidadã da Fajã, para se congratular por esta iniciativa da Junta em promover uma análise e estudo dos problemas que afectam a comunidade, ao comemorarem-se os 475 anos da sua criação; e, ao mesmo tempo, poder participar num encontro de munícipes em que o orador principal tinha sido o seu antecessor na Câmara Municipal, salientando o importante trabalho que desenvolvera ao longo do seu mandato. A Junta de Freguesia, a partir das conclusões que retirará de todas as intervenções que vão ser proferidas no prosseguimento da análise do tema genérico «Fajã de Baixo - Século XXI», pretende transmiti-las a todos os organismos e entidades envolvidas, de modo a perspectivarem - se as soluções capazes de resolver e equacionar os problemas pendentes na comunidade fajanenese. Ainda a partir desta comunicação sobre a cultura do ananás e no seguimento duma ideia de há muito acalentada, a Junta de Freguesia deliberou desenvolver todos os seus esforços no sentido de se criar neste meio ananaseiro por excelência, uma «Confraria do Ananás», que tentará alargar a outros cultivadores da ilha de S. Miguel.
Estiveram presentes em mais esta sessão de trabalho e de reflexão, Berta Cabral, presidente do Município de Ponta Delgada, membros da Junta e da Assembleia de Freguesia, órgãos directivos da «Pró-Frutos» e da «Anazor», cultivadores e diversas outras pessoas ligadas ou interessadas nesta secular cultura, que continua a ser uma referência económica e de marca para a Fajã de Baixo. Abriu a sessão o respectivo presidente, João Carlos Carreiro, que depois de saudar e agradecer ao orador a aquiescência ao convite que lhe dirigira, informou as pessoas presentes dos objectivos a que se propunha a autarquia que presidia em realizar aquelas palestras de reflexão, enunciando os temas que, em meses seguintes, seriam também ali tratados, de forma a tirarem-se conclusões objectivas acerca dos problemas e das ambições da Fajã de Baixo, nas várias áreas de intervenção.Manuel Arruda desenvolveu o seu trabalho em duas fases: na primeira para se referir à situação actual do ananás e das preocupações, que no seu entender, mais se faziam sentir, na actualidade, com a sua cultura, nomeadamente, valores de venda e de exportação, dificuldades de colocação do produto, diminuição significativa do número de estufas, preços de venda e ainda de alguma irresponsabilidade da parte de cultivadores.Como esperança e optimismo quanto ao futuro, apontou três factores: aumento do consumo externo, apoios do programa «Poseima» e diminuição da produção. Ainda em relação ao futuro, o orador focou que o ananás teria de ser sempre um fruto de eleição, apontando para uma maior divulgação das suas propriedades terapêuticas, maior comercialização dos produtores, com qualidade e diferenciação dos preços e ainda uma melhor distribuição da produção, alterando-se o seu ciclo normal. Salientou, muito especialmente, a falta que se tem feito sentir duma verdadeira e actualizada investigação dessa cultura, sobretudo por parte da Universidade dos Açores e ainda de outros organismos governamentais. Concluiu que a Fajã de Baixo sem estufas e sem aquela cultura não será mais a mesma freguesia, nem ninguém estava apostado em descaracterizá-la. Daí lançar um veemente apelo no sentido da união de todos os produtores, dado o papel fundamental que tinham na preservação daquela cultura, bem como na melhoria da comercialização do fruto, quer no mercado interno, quer no mercado externo, englobando o continente português e o estrangeiro. Por fim fez votos por que daqui a 50 anos quando a freguesia comemorasse os 525 anos, ali estivessem os filhos e os netos dos presentes a falar sobre a situação do ananás - o rei dos frutos, facto que seria sinal da sua continuada sobrevivência.Terminada a sua intervenção desenvolveu-se um alargado e muito útil diálogo, durante o qual foram levantados diversificados problemas ligados à cultura e à comercialização dos frutos, formação dos estufeiros, dificuldades em obter-se mão de obra e os materiais apropriados à conservação das estufas, bem como da necessidade de se pugnar por uma melhor identificação do ananás face a outras frutas similares, nomeadamente a nível da hotelaria e outros serviços de restauração, de modo a que o ananás possa realmente ser o « rei dos frutos». No final das intervenções desta longa sessão de reflexão, a Presidente do Município de Ponta Delgada usou da palavra, como assistente convidada e como cidadã da Fajã, para se congratular por esta iniciativa da Junta em promover uma análise e estudo dos problemas que afectam a comunidade, ao comemorarem-se os 475 anos da sua criação; e, ao mesmo tempo, poder participar num encontro de munícipes em que o orador principal tinha sido o seu antecessor na Câmara Municipal, salientando o importante trabalho que desenvolvera ao longo do seu mandato. A Junta de Freguesia, a partir das conclusões que retirará de todas as intervenções que vão ser proferidas no prosseguimento da análise do tema genérico «Fajã de Baixo - Século XXI», pretende transmiti-las a todos os organismos e entidades envolvidas, de modo a perspectivarem - se as soluções capazes de resolver e equacionar os problemas pendentes na comunidade fajanenese. Ainda a partir desta comunicação sobre a cultura do ananás e no seguimento duma ideia de há muito acalentada, a Junta de Freguesia deliberou desenvolver todos os seus esforços no sentido de se criar neste meio ananaseiro por excelência, uma «Confraria do Ananás», que tentará alargar a outros cultivadores da ilha de S. Miguel.
(In Canal de Notícias dos Açores)
Etiquetas: Ananás, Confraria, São Miguel
1 Comments:
Gostei imensamente de ler sobre o cultivo do ananás em vosso município, já que é a minha fruta de predileção! Moro em Brasília, DF, Brasil e estou aqui a beliscar um delicioso ananás justamente enquanto digito-vos estas palavras. Fico muito satisfeita de saber que não só aqui mas também em terras Portuguesas o cultivo desta fruta é bem valorizado! Faço votos que tenha continuado em expansão e que meus conterrâneos Portugueses estejam a saborear e se beneficiar de tão deliciosa e saudável fruta! Meus parabéns a todos vós, por tal cuidado e iniciativa de preservação!
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