segunda-feira, maio 19, 2008

Apresentação pública do Projecto "Onda de Mudança"


Considerando que:
- Existe uma população residente com condições relativamente precárias na zona do areal de Santa Bárbara e que merece a melhoria da qualidade de vida;
- Estão a decorrer obras de construção de equipamentos de apoio à praia do areal de Santa Bárbara, que vão contribuir para a sua utilização com serviços de qualidade e que justificaram a candidatura à Bandeira Azul;
- A frequência da praia vigiada por nadadores salvadores numa zona demarcada e a sua utilização para a prática de surf será incrementada;
- Existem casamatas construídas na II Guerra Mundial, para abrigos de artilharia destinadas à defesa da costa e do único aeroporto existente em S. Miguel, a sul deste areal, que podem perpetuar a lembrança de uma época histórica e a importância estratégica deste local;
- Situam-se a nascente das casamatas as formações geológicas que tiveram origem na erupção de 1563, revelando aspectos de interesse científico e paisagístico que merecem ser acessíveis a todos os cidadãos;
- Existem poços de maré que têm sido desvalorizados (utilizados para depósito de entulho, lixo e sucata) que são importantes para a defesa da biodiversidade;

Propõe-se a intervenção articulada de várias entidades nesta área, competindo-lhes:

Câmara Municipal da Ribeira Grande –

a) A limpeza das casamatas e dos poços de maré com equipas de trabalhadores da Câmara Municipal;
b) A requalificação da zona de acesso à Praia, cujas obras orçadas em 800 mil euros, devem terminar até Junho de 2008;
c) A instalação dos equipamentos, com o pessoal necessário para o cumprimento das condições impostas para a obtenção da “bandeira azul”;
d) A criação de uma paleta de cores e a atribuição da tinta necessária para a pintura das casas adjacentes;
e) A colocação de Ecopontos para servir a zona balnear e para servir a população residente;
f) A promoção de uma encenação sobre a erupção de 1563, escrita para a Festa do Foral de 2008 pelo Dr. Rui Faria (director do Museu da Emigração) e representada por funcionários da Câmara Municipal, destinada aos alunos das escolas da cidade e para o público em geral;
g) A colaboração na apresentação pública do Projecto e na sua divulgação nos Órgãos de Comunicação Social;
h) A edição de informação relacionada com o projecto, nomeadamente a edição de um autocolante.

Junta de Freguesia da Ribeira Seca –

a) A colocação de painéis informativos sobre as casamatas e de painéis referentes à erupção de 1563, que teve origem no Pico do Sapateiro, bem como a relativa à que ocorreu na Lagoa do Fogo;
b) A disponibilização de informação sobre a Freguesia;
c) A colaboração na elaboração de materiais informativos.

Instituto de Acção Social (IAS) – Serviço da Acção Social da Ribeira Grande

a) A divulgação do Projecto junto da população que recorre ao Serviço;
b) Contacto e sensibilização das populações alvo do Projecto;
c) Participação no trabalho de equipa.

Centro de Apoio Social e Acolhimento “Bernardo Manuel Silveira Estrela” – Centro de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil – CDIJ –

a) A implementação do Projecto “Crescer”, com o apoio do IAS.
b) O reconhecimento da zona, em parceria com a Ecoteca da Ribeira Grande;
c) A realização de contactos com a população, colaborando no esclarecimento sobre a separação dos resíduos, em parceria com a Ecoteca da Ribeira Grande;
d) A realização das Eco-Olimpíadas destinadas às crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico, em parceria com a Ecoteca da Ribeira Grande, que pretendem incentivar à separação dos resíduos e boas práticas ambientais.

Amigos dos Açores –

a) A disponibilização da informação sobre a fauna, a flora e os aspectos geológicos do local;
b) O apoio ao reconhecimento dos locais que constam do percurso proposto;
c) A participação, através da Ecoteca da Ribeira Grande, nas acções de reconhecimento das áreas relacionadas com o projecto, em articulação com o grupo de trabalho.

Grupo de Trabalho –

a) A criação de instrumentos de intervenção;
b) O acompanhamento da intervenção das estruturas parceiras no local;
c) A sensibilização dos intervenientes – parceiros e população (escolar e residente);
d) A articulação dos vários projectos que envolvem a população e a zona em estudo;
e) O desenvolvimento de mecanismos de regulação e auto-regulação do desenvolvimento do projecto.

As entidades que são parceiras deste Projecto, assumem o seu compromisso de cumprir os objectivos a que se propuseram, aceitando, cada uma delas, a colaboração das restantes, mantendo com elas uma ligação e articulação que promova a participação da população na valorização social, cultural, económica e ambiental da zona do Areal de Santa Bárbara.

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