É indispensável reativar cooperativas em S. Jorge
Os resultados provisórios dos censos 2011 indiciam em S. Jorge fuga de população de freguesias que ficaram sem as suas cooperativas e também sem escolas. Fica espantado ou o fenómeno era previsível?O fenómeno era previsível e para isso alertámos a seu tempo tanto quanto nos foi possível! Não ficamos espantados, apenas tristes, porque os lugares de São Jorge vão perdendo os jovens, a sua alma, cultura, atividade económica, identidade, envelhecendo, enfim, aos poucos, morrendo!
O que perde S. Jorge ao perder as suas cooperativas, quer ao nível social, quer no que diz respeito à produção?As cooperativas de São Jorge "eram" uma herança cultural, centenária, produto de uma vontade de sobreviver, fazendo os jorgenses o melhor, o possível, com os conhecimentos somados, geração após geração, heranças diversas, na luta contra o isolamento, transformando-se uma matéria-prima, muito perecível, o leite, através da arte - a arte daqueles queijeiros, únicos - em algo concentrado, durável, que envelhece melhorando, diferente, excelente! O Queijo de São Jorge era um produto de cada freguesia, delas identitário. A Cooperativa, da freguesia, suscitava o interesse não só do produtores de leite, dos operários, dos donos da terra, comungando todos o interesse no sucesso da sua cooperativa. Sem a Cooperativa, a Escola e, já agora, a Sociedade Filarmónica, a freguesia, em São Jorge, não existe, não há cimento, social, deixam de existir as âncoras, as amarras que retêm as gentes, os mais jovens! O leite "chegava" logo à fábrica, fresco, ainda quente da ordenha, o melhor para aquele queijo. O "almeice", subproduto do fabrico, era logo levado de volta, para alimentação dos animais. Nada se rejeitava, num ciclo quase perfeito, minimizando-se até a "pegada ecológica" - embora essa não fosse, então, uma preocupação. Os pagamentos, os adiantamentos, as ajudas aos sócios, os pagamentos das rendas, eram assuntos tratados entre iguais, partilhando-se os esforços, na melhor compreensão das dificuldades de cada um. Conseguir fabricar o melhor queijo da Ilha, pagar melhor por cada "canada" de leite, eram então os objetivos mais nobres de cada Cooperativa!
O que poderá justificar a opção por construir três grandes unidades industriais numa ilha de hand made? Maldade, Ignorância...?Não quero crer que houvesse maldade, muito menos ignorância, mas certamente que houve alguma surdez! A capacidade para ouvir opiniões diferentes, reconhecer que nem sempre temos 100% da razão, é uma qualidade que devemos enaltecer e procurar cultivar, especialmente em democracia!
Se tivesse responsabilidades a esse nível optaria por reverter a destruição do tecido cooperativo de S. Jorge? Como agiria?Embora na condição cómoda de opinar sem termos que decidir e assumir as responsabilidades inerentes, somos da opinião de que se deveria procurar reativar, pelo menos, duas cooperativas, históricas, a do Norte Pequeno e a das Manadas. Procuraríamos ainda libertar as cooperativas da obrigatoriedade de canalizar o seu produto por uma única via, promovendo a sã concorrência entre elas. O associativismo e os negócios só funcionam bem quando libertos de condicionalismos burocráticos, de tentações dirigistas, e num quadro de verdadeira liberdade participativa!
O que perde S. Jorge ao perder as suas cooperativas, quer ao nível social, quer no que diz respeito à produção?As cooperativas de São Jorge "eram" uma herança cultural, centenária, produto de uma vontade de sobreviver, fazendo os jorgenses o melhor, o possível, com os conhecimentos somados, geração após geração, heranças diversas, na luta contra o isolamento, transformando-se uma matéria-prima, muito perecível, o leite, através da arte - a arte daqueles queijeiros, únicos - em algo concentrado, durável, que envelhece melhorando, diferente, excelente! O Queijo de São Jorge era um produto de cada freguesia, delas identitário. A Cooperativa, da freguesia, suscitava o interesse não só do produtores de leite, dos operários, dos donos da terra, comungando todos o interesse no sucesso da sua cooperativa. Sem a Cooperativa, a Escola e, já agora, a Sociedade Filarmónica, a freguesia, em São Jorge, não existe, não há cimento, social, deixam de existir as âncoras, as amarras que retêm as gentes, os mais jovens! O leite "chegava" logo à fábrica, fresco, ainda quente da ordenha, o melhor para aquele queijo. O "almeice", subproduto do fabrico, era logo levado de volta, para alimentação dos animais. Nada se rejeitava, num ciclo quase perfeito, minimizando-se até a "pegada ecológica" - embora essa não fosse, então, uma preocupação. Os pagamentos, os adiantamentos, as ajudas aos sócios, os pagamentos das rendas, eram assuntos tratados entre iguais, partilhando-se os esforços, na melhor compreensão das dificuldades de cada um. Conseguir fabricar o melhor queijo da Ilha, pagar melhor por cada "canada" de leite, eram então os objetivos mais nobres de cada Cooperativa!
O que poderá justificar a opção por construir três grandes unidades industriais numa ilha de hand made? Maldade, Ignorância...?Não quero crer que houvesse maldade, muito menos ignorância, mas certamente que houve alguma surdez! A capacidade para ouvir opiniões diferentes, reconhecer que nem sempre temos 100% da razão, é uma qualidade que devemos enaltecer e procurar cultivar, especialmente em democracia!
Se tivesse responsabilidades a esse nível optaria por reverter a destruição do tecido cooperativo de S. Jorge? Como agiria?Embora na condição cómoda de opinar sem termos que decidir e assumir as responsabilidades inerentes, somos da opinião de que se deveria procurar reativar, pelo menos, duas cooperativas, históricas, a do Norte Pequeno e a das Manadas. Procuraríamos ainda libertar as cooperativas da obrigatoriedade de canalizar o seu produto por uma única via, promovendo a sã concorrência entre elas. O associativismo e os negócios só funcionam bem quando libertos de condicionalismos burocráticos, de tentações dirigistas, e num quadro de verdadeira liberdade participativa!
(In Diário Insular)
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