sábado, novembro 28, 2009

Térmitas alastram de forma inexorável


Esta é uma das conclusões dos cientistas da Universidade dos Açores, num estudo apresentado ontem, em Angra do Heroísmo.
A praga das térmitas continua a "alastrar de forma inexorável", na cidade de Angra do Heroísmo. A conclusão provém de um relatório de cientistas da Universidade dos Açores e foi ontem apresentado em na maior cidade da ilha Terceira, após o fim de um período de monitorização.Segundo se pode ler no documento, "os resultados mostram que, cinco anos depois sobre a primeira monitorização, a praga continua a alastrar, pelo que se aconselha uma campanha de sensibilização junto da população, para minimizar o problema da dispersão".O relatório, elaborado por uma equipa de investigadores do Grupo de Biodiversidade do Departamento de Ciências Agrárias, liderado por Paulo Borges, adianta que “foram colocadas cerca de três mil armadilhas nas ruas e habitações, em 11 artérias do perímetro urbano de Angra do Heroísmo”. Nestas armadilhas, foram capturadas “71.342 térmitas, das quais 7.363 na via pública e 63.979 no interior das habitações, o que leva a concluir, por estimativa, que terá sido evitada a criação de 35.671 novas colónias", referem os investigadores.Segundo adiantam os cientistas, "é no centro histórico da cidade de Angra do Heroísmo que se localiza o maior nível de infestação".Paulo Borges admitiu que "a erradicação é praticamente impossível", mas frisou que "a redução das colónias ao nível do que acontece com o caruncho é possível".O investigador rejeita o método da fumigação, considerando ser "uma acção que pode pôr em risco a saúde dos moradores das habitações contíguas onde é aplicada". Como alternativa, defende que deve ser usada "alta tecnologia de temperatura", uma técnica desenvolvido por austríacos e norte-americanos. Este sistema consiste em lançar ar quente com humidade a uma temperatura de 50 graus, o que mata as térmitas incrustadas nas madeiras. A técnica será ensaiada num edifício público da cidade adiantou ontem Paulo Borges, que referiu que o Governo Regional “já está a par desta técnica", que pode ser "desenvolvida no terreno por empresas regionais, que queiram investir 150 a 200 mil euros na aquisição da tecnologia".Para além da Terceira, também as ilhas de Santa Maria, S. Miguel e Faial estão afectadas pela praga que ao alimentar-se de madeiras, corrói completamente as estruturas das habitações.Em resposta, a autarca de Angra do Heroísmo, Andreia Cardoso, já garantiu que “será efectuada uma sensibilização porta a porta (para controlo da praga) e serão fornecidas, gratuitamente, armadilhas de monitorização", naquela cidade.
(in JornalDiario)

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