PRESIDENTE DA GÊ-QUESTA "Planos de ordenamento de território não funcionam"
Acaba de assumir as funções de presidente da Gê-Questa, mas já integra a associação há alguns anos, sendo-lhe próximas as questões da defesa ambiental. Orlando Guerreiro afirma liderar com “atitude positiva e pro-activa” os próximos dois anos da Gê-Questa, sem esquecer o que mina o trabalho dos ambientalistas, como os planos de ordenamento do território.
Orlando Guerreiro é a nova cara na presidência da Gê-Questa. Mas não é assim que quer ser entendido. Prefere ser incluído no projecto global de defesa ambiental da associação.Em entrevista à “a União”, o jovem de 32 anos, natural de Setúbal, licenciado em engenharia do ambiente pela Universidade dos Açores (UA), dispensava o registo fotográfico, dada a vontade de fazer destacar a entidade, e não a pessoa que a vai liderar nos próximos dois anos.“Vamos ter projectos super-inovadores”, afirma Orlando Guerreiro de forma entusiasta. Aliás, esta é uma característica que o próprio reconhece em si e na forma como encara os desafios que lhe surgem e em que se envolve.Foi assim que foi observador de pesca nos Açores e no Canadá, que elaborou o trabalho de fim de curso no Brasil, que co-fundou o núcleo de ambiente da UA e da Associação de Surf da Terceira e foi também assim que se candidatou, como independente – pede para sublinhar –, pelo BE, à autarquia angrense nas últimas autárquicas.A atitude, agora na Gê-Questa, garante, vai ser “positiva e pro-activa”, sem no entanto, esquecer as dificuldades que são colocadas aos ambientalistas sedeados no Forte de São Mateus. Pessoas desconhecem os seus direitos
Orlando Guerreiro, membro dos órgãos sociais no anterior mandato da associação, afirma-se conhecedor da realidade na ilha é por isso que é peremptório ao afirmar que os planos de ordenamento do território “não funcionam”, que são instrumentos de planeamento “meramente descritivos”.Um facto que, entende, afecta de forma global a atitude das comunidades e das entidades que lidam com a preservação ambiental.“As pessoas não sabem dos seus direitos, não reclamam os seus direitos”, aponta, acabando por dar a sua opinião pessoal: “há falta de educação política – não entender partidária – nos Açores”. E não somente na área ambiental, esclarece, em todas os sectores da sociedade.Questionado pelo número de queixas que dão entrada na Gê-Questa, Orlando Guerreiro refere que os valores não são contabilizados, mas que no curto espaço em que ocupa as actuais funções já recebeu uma, deixando antever que as reclamações não são uma forma usada frequentemente pelas populações para contactar com a associação.
Gê-Questa é reflexo da sociedade
Actualmente a Gê-Questa conta com uma equipa de cinco pessoas (uma a tempo inteiro, duas a parcial, dois estagiar “L” e futuramente um reforço de mais três estagiários) e a palavra de ordem é “dinamizar”.“Queremos dinamizar a associação através de projectos de maior duração e queremos tornar este espaço no mais aprazível possível para as pessoas, trazer os sócios de volta”, conta.Orlando Guerreiro reconhece os altos e baixos que, ao longo dos anos, tem marcado a Gê-Questa, actualmente com 500 sócios, mas que tal, explica, é um “reflexo da sociedade”. “A Gê-Questa vive da vontade das pessoas e da capacidade financeira de ter mais pessoas a trabalhar nela”.Assim, entre os planos da nova direcção está o aproveitamento da sua sede para a realização de diversas iniciativas “sempre enquadradas na temática ambiental”, como por exemplo, exibição de filmes, palestras e, sublinha, a criação de um centro interpretativo ambiental: “queremos transformar este espaço de acordo com a ideologia da Gê-Questa”.
Projecto piloto na comunidade
Apesar de ainda não ter um programa de actividades definitivo, a Gê-Questa prepara-se para organizar, à semelhança de anos anteriores, uma semana do mar, daqui a sensivelmente duas semanas, em parceria com outras entidades.Este vai ser o contexto, explica Orlando Guerreiro, para apresentar um “projecto-piloto” que vão desenvolver com a comunidade piscatória relacionado com a gestão de resíduos no mar.No espaço “TIC” (Tecnologias de informação e comunicação), a Gê-Questa prevê ainda desenvolver cursos de formação à população local.
Mas a lista de actividades da Gê-Questa para os próximos dois anos não se resume aqui. Nos próximos tempos, Orlando Guerreiro e a sua equipa asseguram anunciar outras iniciativas para que, no final do mandato, aspira “haja gente sempre a sair e a entrar da Gê-Questa”.
(In Humberta Augusto (texto e fotos)-em A União)
Orlando Guerreiro é a nova cara na presidência da Gê-Questa. Mas não é assim que quer ser entendido. Prefere ser incluído no projecto global de defesa ambiental da associação.Em entrevista à “a União”, o jovem de 32 anos, natural de Setúbal, licenciado em engenharia do ambiente pela Universidade dos Açores (UA), dispensava o registo fotográfico, dada a vontade de fazer destacar a entidade, e não a pessoa que a vai liderar nos próximos dois anos.“Vamos ter projectos super-inovadores”, afirma Orlando Guerreiro de forma entusiasta. Aliás, esta é uma característica que o próprio reconhece em si e na forma como encara os desafios que lhe surgem e em que se envolve.Foi assim que foi observador de pesca nos Açores e no Canadá, que elaborou o trabalho de fim de curso no Brasil, que co-fundou o núcleo de ambiente da UA e da Associação de Surf da Terceira e foi também assim que se candidatou, como independente – pede para sublinhar –, pelo BE, à autarquia angrense nas últimas autárquicas.A atitude, agora na Gê-Questa, garante, vai ser “positiva e pro-activa”, sem no entanto, esquecer as dificuldades que são colocadas aos ambientalistas sedeados no Forte de São Mateus. Pessoas desconhecem os seus direitos
Orlando Guerreiro, membro dos órgãos sociais no anterior mandato da associação, afirma-se conhecedor da realidade na ilha é por isso que é peremptório ao afirmar que os planos de ordenamento do território “não funcionam”, que são instrumentos de planeamento “meramente descritivos”.Um facto que, entende, afecta de forma global a atitude das comunidades e das entidades que lidam com a preservação ambiental.“As pessoas não sabem dos seus direitos, não reclamam os seus direitos”, aponta, acabando por dar a sua opinião pessoal: “há falta de educação política – não entender partidária – nos Açores”. E não somente na área ambiental, esclarece, em todas os sectores da sociedade.Questionado pelo número de queixas que dão entrada na Gê-Questa, Orlando Guerreiro refere que os valores não são contabilizados, mas que no curto espaço em que ocupa as actuais funções já recebeu uma, deixando antever que as reclamações não são uma forma usada frequentemente pelas populações para contactar com a associação.
Gê-Questa é reflexo da sociedade
Actualmente a Gê-Questa conta com uma equipa de cinco pessoas (uma a tempo inteiro, duas a parcial, dois estagiar “L” e futuramente um reforço de mais três estagiários) e a palavra de ordem é “dinamizar”.“Queremos dinamizar a associação através de projectos de maior duração e queremos tornar este espaço no mais aprazível possível para as pessoas, trazer os sócios de volta”, conta.Orlando Guerreiro reconhece os altos e baixos que, ao longo dos anos, tem marcado a Gê-Questa, actualmente com 500 sócios, mas que tal, explica, é um “reflexo da sociedade”. “A Gê-Questa vive da vontade das pessoas e da capacidade financeira de ter mais pessoas a trabalhar nela”.Assim, entre os planos da nova direcção está o aproveitamento da sua sede para a realização de diversas iniciativas “sempre enquadradas na temática ambiental”, como por exemplo, exibição de filmes, palestras e, sublinha, a criação de um centro interpretativo ambiental: “queremos transformar este espaço de acordo com a ideologia da Gê-Questa”.
Projecto piloto na comunidade
Apesar de ainda não ter um programa de actividades definitivo, a Gê-Questa prepara-se para organizar, à semelhança de anos anteriores, uma semana do mar, daqui a sensivelmente duas semanas, em parceria com outras entidades.Este vai ser o contexto, explica Orlando Guerreiro, para apresentar um “projecto-piloto” que vão desenvolver com a comunidade piscatória relacionado com a gestão de resíduos no mar.No espaço “TIC” (Tecnologias de informação e comunicação), a Gê-Questa prevê ainda desenvolver cursos de formação à população local.
Mas a lista de actividades da Gê-Questa para os próximos dois anos não se resume aqui. Nos próximos tempos, Orlando Guerreiro e a sua equipa asseguram anunciar outras iniciativas para que, no final do mandato, aspira “haja gente sempre a sair e a entrar da Gê-Questa”.
(In Humberta Augusto (texto e fotos)-em A União)
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