sábado, maio 23, 2009

CDS-PP lança duras críticas ao Ministro da Agricultura

Fim do regime de quotas leiteiras, educação, ensino superior e qualificação dos recursos humanos, foram os temas centrais da visita do cabeça de lista do CDS-PP às Eleições para o Parlamento Europeu, Nuno Melo, à Ilha Terceira, durante a passada quarta-feira.
Acompanhado pela candidata dos Açores na lista nacional às Europeias de 7 de Junho próximo, Emiliana Silva, os populares iniciaram o dia com uma visita ao Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores e ao novo Centro de Actividades Ocupacionais da ACM (Associação Cristã da Mociedade), na Terra-Chã. Nuno Melo mostrou-se preocupado com os elevados índices de abstenção, que habitualmente se verificam neste acto eleitoral, apelando ao elevado nível do debate e a uma campanha pedagógica para cativar os eleitores: “é um esforço que tem que ser feito e que tem que ser colectivo, pois quando a abstenção é muito grande coloca-se em causa a legitimidade dos eleitos”. “A nossa primeira mensagem tem sido exactamente no sentido da mobilização dos eleitores e de explicar-lhes a importância deste acto eleitoral”, acentuou. Relativamente aos assuntos abordados pelos candidatos democratas-cristãos, Melo apontou a importância da educação, ensino superior, investigação, formação profissional e ensino vocacionado para a integração de deficientes, porque “se é verdade que a educação é fundamental, tendo em conta a realidade de Ultraperiferia dos Açores, mais determinante é ainda”. A temática que maior tempo gastou aos candidatos do CDS-PP foi a Agricultura. Aqui os populares são fortes críticos do Ministro Jaime Silva que acusam de ter “capitulado sem luta” na questão das quotas leiteiras, aceitando o fim do regime “como se fosse uma inevitabilidade”. “O ministro que se tem dado ao luxo de desperdiçar milhões de euros de fundos comunitários para a agricultura, é o mesmo ministro que quando percebe o fim de um sistema tão importante para a Região e para o País capitulou sem luta. Não foi capaz de ser o dinamizador ou de se juntar a outros países para se esforçarem no sentido de defender os interesses dos agricultores portugueses em Bruxelas e tentar o prolongamento da data final prevista para o fim deste sistema de quotas”, lamentou. Em boa verdade, prosseguiu Nuno Melo, “aqui nos Açores o que o Sr. Ministro conseguiu foi uma visita para ser entronizado confrade do queijo de São Jorge, o que é muito pouco. Mais se justificaria que aqui tivesse vindo para explicar aos agricultores, debater com eles, eventualmente até pedir-lhes conselhos, para levar daqui mandato para lutar em Bruxelas por um sector tão fundamental para a nossa economia”. Para os centristas “este ministro está associado sempre às piores notícias” e “tal qual desperdiça fundos comunitários, em relação às quotas capitulou sem luta”, acrescentando que “tendo em conta um sector tão importante para Portugal o que faria sentido é que o Sr. ministro fosse o dinamizador, o primeiro a reivindicar de Bruxelas a importância deste sistema e tentar o seu prolongamento”.
(in Diário dos Açores)

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