Política- Economia e desenvolvimento
O Bloco de Esquerda (BE) nos Açores defende a criação de um Centro Internacional de Investigação que permita criar nas ilhas um pólo de “excelência” e “dinamizador” da economia regional com base no Conhecimento. Numa conferência de imprensa para apresentação do manifesto regional do BE para eleições regionais de 19 de Outubro, a coordenadora do partido nas ilhas explicou que este centro deverá estar vocacionado nas áreas onde os Açores “já são uma referência”, concretamente das Ciências do Mar, Clima e da Vulcanologia, um projecto a concretizar em parceria com o Governo da República. “Urge começar um estudo que sirva de base à concretização deste centro. Entendemos que a sua sede deve situar-se na Horta, aproveitando o prestígio internacional da investigação realizada no Departamento de Oceanografia e Pescas. E daí devem irradiar para as outras ilhas extensões desse pólo, que se especializarão nas áreas mais adequadas às ilhas onde se encontram. Por exemplo, na Terceira, as Biologias e as Ciências Agrárias são áreas a desenvolver”, explica Zuraida Soares.“Temos condições privilegiadas para desenvolver uma economia baseada no Conhecimento e na Investigação. É urgente complementar o actual modelo de desenvolvimento – que não queremos abandonar – com uma ruptura ambiciosa para o futuro. Os Açores podem ser uma referência para o Conhecimento nacional e internacional. Mar, Vulcanologia e Alterações Climáticas são áreas onde podemos dar cartas. E isso gera riqueza: turismo científico, vinda de cérebros para as ilhas, patentes. Há pouca ambição nas ilhas. Queremos inverter essa situação”, sublinha a líder do BE no arquipélago.
Valor acrescentado
Para Zuraida Soares, a aposta num Centro Internacional do Conhecimento – o que diz ser um “cluster da investigação e patentes” – permitirá romper com o modelo actual do desenvolvimento regional, “baseado em baixos salários e em serviços e produtos de baixo valor acrescentado”.“Antes que seja tarde demais, temos de aproveitar a inteligência dos açorianos e conjugá-la com as potencialidades científicas que o arquipélago – um laboratório vivo – nos apresenta. Porque não criamos nos Açores o nosso MIT e o colocamos no mundo como referência? Claro que esse trabalho exige recursos. Por isso, defendemos que o investimento público será o cerne do projecto. A Região e a República devem unir-se nesse esforço”, argumenta a responsável.
Aeronáutica
Valor acrescentado
Para Zuraida Soares, a aposta num Centro Internacional do Conhecimento – o que diz ser um “cluster da investigação e patentes” – permitirá romper com o modelo actual do desenvolvimento regional, “baseado em baixos salários e em serviços e produtos de baixo valor acrescentado”.“Antes que seja tarde demais, temos de aproveitar a inteligência dos açorianos e conjugá-la com as potencialidades científicas que o arquipélago – um laboratório vivo – nos apresenta. Porque não criamos nos Açores o nosso MIT e o colocamos no mundo como referência? Claro que esse trabalho exige recursos. Por isso, defendemos que o investimento público será o cerne do projecto. A Região e a República devem unir-se nesse esforço”, argumenta a responsável.
Aeronáutica
Aproveitando a “privilegiada” posição geoestratégica dos Açores, o BE propôs, ainda, a construção de uma plataforma de serviços aeronáuticos.“Falamos de algo que vá para lá do uso estratégico dos Açores pelos Estados Unidos. Defendemos uma plataforma que apoie o tráfego aéreo que cruza o Atlântico, sobretudo aquele que liga a Europa aos EUA”, explica Zuraida Soares.Para a líder do BE nos AÇores, o centro de investigação e a plataforma aeronáutica são duas iniciativas para implementar “um novo modelo de desenvolvimento”.“Nos Açores a pobreza tem vindo a aumentar, o desemprego, precariedade laboral e os salários são baixos e pouco mais de um quarto das mulheres açorianas está no mercado do trabalho”, apontou.No seu “manifesto regional”, o BE preconiza, também, o congelamento dos aumentos das tarifas áreas, até ao final de um estudo integrado dos transportes públicos aéreos e marítimos, e um “contrato com a República” para um Plano de Emergência de colocação de médicos e técnicos de saúde.Defende ainda que os códigos de Trabalho para a Função Pública e Privado não sejam aplicados na região.
(In Diário Insular)
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