Biomonitorização da qualidade do ar
Foi proferida, no dia 5 de Junho de 2007, Dia Mundial do Ambiente, uma conferência sobre Biomonitorização da Qualidade do Ar, pelo Professor do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, Félix Rodrigues, na Sede da Sociedade de Exploração Espeleológia - "Os Montanheiros" em Angra do Heroísmo.
No mesmo dia, durante a parte da tarde e também integrado nas Comemorações do Dia Mundial do Ambiente, foi realizado um passeio com alunos da Escola Jerónimo Emiliano de Andrade de Angra do Heroísmo, contando com a presença da Senhora Secretária Regional do Ambiente Drª Ana Paula Marques, do Director Regional do Ambiente, Mestre Frederico Cardigos, do Director dos Serviços de Promoção Ambiental, Dr Vitor Medina, do Presidente da Direcção da Sociedade de Exploração Espeleológica-"Os Montanheiros", Eng. Paulo J. Mendes Barcelos, do Director da Ecoteca da Terceira, Eng. Helder Xavier e do Presidente do Observatório do Ambiente Professor Eduardo Brito de Azevedo, também docente do Departamento de Ciências Agrárias.
A organização das actividades comemorativas do Dia do Ambiente na Terceira foram da responsabilidade da Sociedade de Exploração Espeleológica - "Os Montanheiros" e da Ecoteca da Terceira, contando ainda com o apoio da Secretaria Regional do Ambiente.
Tanto no passeio, como na palestra, o Professor Félix Rodrigues, referiu que o controlo de poluentes atmosféricos é um problema complexo porque as fontes e as emissões têm que ser identificadas, os métodos analíticos têm que ser avaliados, os riscos têm que ser calculados, as emissões têm que ser controladas e os aspectos económicos têm que ser equacionados.
Uma das formas de quantificação e qualificação da poluição atmosférica consiste na aplicação de biomonitores (líquenes, briófitos, plantas ou animais) que permitem uma avaliação integrada da poluição de uma determinada área de interesse. A biomonitorização deve ser entendida como um complemento à monitorização física e não como seu substituto.
Os líquenes são das primeiras espécies a revelar sintomas dos efeitos tóxicos da poluição do ar. Os mapas da distribuição dos líquenes são usados como indicadores da qualidade do ar e a medição da concentração dos poluentes em líquenes é um dos métodos mais aplicados em estudos de biomonitorização.
A biomonitorização apresenta algumas vantagens relativamente aos métodos usuais de monitorização, em particular quanto à densidade e custos de amostragem. Outra vantagem dos biomonitores é a forma de intercepção do poluente e a interpretação biológica do impacto ambiental. Este aspecto é fundamental, uma vez que ao determinar instrumentalmente a concentração de um poluente no ambiente, não se fica imediatamente a conhecer o seu impacto, a menos que se conheçam os seus efeitos sobre os vários componentes do ecossistema e o modo como se processam essas transferências entre os vários componentes da biosfera.
A inexistência de líquenes num determinado local pode querer indicar níveis de dióxido de enxofre extremamente elevados, por outro lado, a presença de determinado tipo de líquenes como as usneas ou as lobárias indicam excelente qualidade do ar.
O estudo da flora liquénica dos Açores, além de contribuir para uma inventariação da biodiversidade do Arquipélago, também fornece informações preciosas sobre a qualidade do ar média do local onde se encontram.
Estudos realizados no Arquipélago apontam níveis de metais pesados na atmosfera distintos de outras localizações, que tem a ver com as emissões naturais específicas dessa localização.
Relativamente ao continente português, a atmosfera açoriana é mais rica em mercúrio, observando-se um decrescimento na sua concentração das ilhas do Grupo Central para as ilhas do Grupo Oriental e destas para o Arquipélago da Madeira. Tal metal, provavelmente está associado a emissões vulcânicas.
Uma das formas de quantificação e qualificação da poluição atmosférica consiste na aplicação de biomonitores (líquenes, briófitos, plantas ou animais) que permitem uma avaliação integrada da poluição de uma determinada área de interesse. A biomonitorização deve ser entendida como um complemento à monitorização física e não como seu substituto.
Os líquenes são das primeiras espécies a revelar sintomas dos efeitos tóxicos da poluição do ar. Os mapas da distribuição dos líquenes são usados como indicadores da qualidade do ar e a medição da concentração dos poluentes em líquenes é um dos métodos mais aplicados em estudos de biomonitorização.
A biomonitorização apresenta algumas vantagens relativamente aos métodos usuais de monitorização, em particular quanto à densidade e custos de amostragem. Outra vantagem dos biomonitores é a forma de intercepção do poluente e a interpretação biológica do impacto ambiental. Este aspecto é fundamental, uma vez que ao determinar instrumentalmente a concentração de um poluente no ambiente, não se fica imediatamente a conhecer o seu impacto, a menos que se conheçam os seus efeitos sobre os vários componentes do ecossistema e o modo como se processam essas transferências entre os vários componentes da biosfera.
A inexistência de líquenes num determinado local pode querer indicar níveis de dióxido de enxofre extremamente elevados, por outro lado, a presença de determinado tipo de líquenes como as usneas ou as lobárias indicam excelente qualidade do ar.
O estudo da flora liquénica dos Açores, além de contribuir para uma inventariação da biodiversidade do Arquipélago, também fornece informações preciosas sobre a qualidade do ar média do local onde se encontram.
Estudos realizados no Arquipélago apontam níveis de metais pesados na atmosfera distintos de outras localizações, que tem a ver com as emissões naturais específicas dessa localização.
Relativamente ao continente português, a atmosfera açoriana é mais rica em mercúrio, observando-se um decrescimento na sua concentração das ilhas do Grupo Central para as ilhas do Grupo Oriental e destas para o Arquipélago da Madeira. Tal metal, provavelmente está associado a emissões vulcânicas.
Os níveis de bromo nos Açores também são mais elevados do que os verificados em líquenes no continente português, crendo-se que tal facto esteja associado mais uma vez às emissões vulcânicas e emissões das águas do mar.
Esporadicamente observam-se níveis elevados de arsénio nos líquenes, principalmente naqueles que se localizam próximos de fumarolas vulcânicas, como os que foram encontrados no Pico Vermelho em São Miguel.
Os níveis de sódio e cloro no ar dos Açores também é mais elevado, como era de esperar, relativamente aqueles que se observam no continente português.
A biomonitorização permite-nos conhecer a qualidade do ar, mas também a qualidade do ambiente bem como as suas características específicas.
Esporadicamente observam-se níveis elevados de arsénio nos líquenes, principalmente naqueles que se localizam próximos de fumarolas vulcânicas, como os que foram encontrados no Pico Vermelho em São Miguel.
Os níveis de sódio e cloro no ar dos Açores também é mais elevado, como era de esperar, relativamente aqueles que se observam no continente português.
A biomonitorização permite-nos conhecer a qualidade do ar, mas também a qualidade do ambiente bem como as suas características específicas.
(in Humberta Augusto - A União)
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