sábado, fevereiro 06, 2010

PARCERIA COM UNIVERSIDADE Green Islands estuda potencial enegético do aterro e da ETAR


Produção de biogás a partir do Aterro Sanitário Intermunicipal e aproveitamento de lamas da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Angra para fins agrícolas são dois dos produtos que a autarquia angrense espera obter após um estudo das potencialidades energéticas existentes nas duas unidades de tratamento de resíduos urbanos e industriais.
O Aterro Sanitário Intermunicipal da ilha Terceira e a Estação de Tratamento de Águas Residuais de Angra do Heroísmo (ETAR) vão ser alvo de um estudo para apurar as potencialidades energéticas dos resíduos aí produzidos.
O trabalho surge enquadrado no projecto de investigação “Generating Energy from Municipal and Industrial Liquid and Solid Waste” (produção de energia a partir de resíduos sólidos e líquidos municipais e industriais) do programa Green Islands, orientado pelo MIT – Portugal.
Na prática, caberá à Universidade dos Açores (UA), através do Centro de Biotecnologia dos Açores, e aos Serviços Municipalizados de Angra do Heroísmo (SMAH), pela Divisão de Tratamento e Controlo de Qualidade, a responsabilidade de desenvolverem uma caracterização destas unidades de gestão de resíduos.
O objectivo, referiu ontem, durante a cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação, a presidente da autarquia angrense, Andreia Cardoso, é estudar a viabilidade da produção de biogás e do uso de lamas depuradas para fins agrícolas.
Em última análise, explicou Andreia Cardoso pretende-se o “auto-abastecimento” destas unidades de tratamento de resíduos.

Aterro concentrará Grupo Central

Pretende-se, referiu a autarca, apurar as possibilidades de tratamento dos resíduos do Aterro, “o único licenciado nos Açores”, ressalvou, porque este “já não tem capacidade para que se possam abrir novas bolsas”.
Nesse sentido, e em parceria com a Secretaria Regional do Ambiente e Mar, a edilidade angrense está a estruturar a gestão do aterro sanitário terceirense, uma vez que nele serão concentrados os resíduos de todas as ilhas do Grupo Central, disse a presidente da Câmara de Angra.
Na mesa estão ainda em estudo várias hipóteses, que “terão de ser encontrados este ano”, sublinhou Andreia Cardoso, como a incineração, a vermicompostagem ou a liquefação.
Métodos que, consoante os estudos, possibilitarão fontes energéticas alternativas.

(in A União)