sábado, janeiro 09, 2010

Combate às térmitas está no bom caminho


O regime jurídico de combate às térmitas aprovado pelo Governo regional, aliado ao combate por temperatura, constitui um passo significativo para a diminuição das colónias desta espécie existentes na Região.A opinião é do professor e especialista em térmitas, Paulo Borges. “São avanços fantásticos na gestão do problema”, afirma.O diploma aprovado em Conselho de Governo prevê a definição de um mapa de risco de infestação e várias medidas de controlo para a praga.Entre essas medidas encontra-se o novo regime para o transporte de resíduos contendo térmitas vivas, nomeadamente os resíduos de construção e demolição de imóveis infestados e de restos de lenha provenientes de zonas infestadas.Por outro lado, será criado também o Sistema de Certificação de Infestação por Térmitas (SCIT), cuja finalidade passa por assegurar a aplicação e conformidade das inspecções dos edifícios relativamente à existência de térmitas, à vulnerabilidade do edifício e à eficácia das operações de desinfestação.O montante dos apoios a conceder e as situações que podem ser apoiadas vão ser alargadas.Até agora, os apoios eram dados em função da situação financeira das famílias, sendo que agora se estendem a outros beneficiários. Simultaneamente, passa também a existir um valor máximo de apoio por unidade de área edificada e não por habitação. De acordo com Paulo Borges, a aplicação destas medidas “por si só não seria suficiente”.No entanto, “a articulação entre o novo regime jurídico com o combate às térmitas por temperatura será, certamente, positiva”, adianta.Os testes do combate às térmitas por temperatura deverão ser iniciados em Março ou Abril, segundo Paulo Borges.Neste momento, já foram entregues às empresas dados relativos ao volume de edifícios, detalhes sobre os materiais e os tipos de madeiros. Agora, espera-se o orçamento dos equipamentos.O sistema consiste em lançar ar quente com humidade a uma temperatura de 50 graus, o que mata as térmitas incrustadas nas madeiras será testado em dois edifícios em Angra, onde o problema é mais grave.

(in Diário Insular)